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11/04/2007
-
17h19
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O mercado de câmbio reagiu com força à ata do "Copom americano" e fez a taxa de câmbio subir com força nos últimos negócios desta quarta-feira. A moeda americana encerrou o dia cotada à R$ 2,039 (valor de venda) --preço máximo registrado nas corretoras de câmbio-- com variação de 0,49% sobre o valor do fechamento anterior.
O Fomc (Comitê de mercado aberto) revelou hoje a ata de sua última reunião, dos dias 20 e 21 de março, e mostrou que está preocupado com possíveis pressões inflacionárias na maior economia do planeta e sugeriu que pode voltar a subir os juros básicos.
O mercado de juros futuros da BM&F também reagiu à ata do Fomc e elevou as taxas projetadas, na comparação com fechamento de terça-feira. O contrato com vencimento em janeiro de 2008 apontou juro de 11,90% contra 11,88% no fechamento de ontem. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada subiu de 11,51% para 11,55%. O contrato DI para janeiro de 2010 projetou taxa de 11,45% ante 11,40%.
"O Ben Bernanke [o presidente do banco central americano] fez um discurso correto, reafirmando que acredita em um crescimento moderado, sem ver recessão. Agora, a ata [do Fomc] voltou a falar de inflação. Quando lá fora [as Bolsas americanas] caiu, por aqui o dólar corrigiu", nota Ideaki Iha, da mesa de câmbio da corretora Fair.
Iha mencionou outros dois fatores que tiveram influência discreta para pressionar a taxa de câmbio: o leilão de contratos de "swap reverso", feito pelo Banco Central, e a mudança de diretoria no Banco Central brasileiro.
"O Rodrigo Azevedo, que era uma pessoa de perfil conservador, saiu da diretoria da Política Monetária, e o mercado sempre pensa que pode haver mudanças", acrescenta.
Swap reverso
O BC havia informado ontem que realizaria nesta quarta-feira um leilão de contratos do tipo "swap reverso", e fez uma sondagem, ontem, entre os bancos para verificar a demanda pelo papel. Esse tipo de contrato permite uma troca ("swap") de riscos entre quem emite e quem toma o papel. Quem emite --o BC-- assume o risco cambial, enquanto quem toma fica exposto à variação de juros.
O leilão desses papéis pode estimular uma recuperação pontual das cotações da moeda americana, já que a colocação desses contratos tem o efeito equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro.
Especial
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Dólar fecha em alta de 0,49%, a R$ 2,039, após ata do Fed
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O mercado de câmbio reagiu com força à ata do "Copom americano" e fez a taxa de câmbio subir com força nos últimos negócios desta quarta-feira. A moeda americana encerrou o dia cotada à R$ 2,039 (valor de venda) --preço máximo registrado nas corretoras de câmbio-- com variação de 0,49% sobre o valor do fechamento anterior.
O Fomc (Comitê de mercado aberto) revelou hoje a ata de sua última reunião, dos dias 20 e 21 de março, e mostrou que está preocupado com possíveis pressões inflacionárias na maior economia do planeta e sugeriu que pode voltar a subir os juros básicos.
O mercado de juros futuros da BM&F também reagiu à ata do Fomc e elevou as taxas projetadas, na comparação com fechamento de terça-feira. O contrato com vencimento em janeiro de 2008 apontou juro de 11,90% contra 11,88% no fechamento de ontem. No contrato de janeiro de 2009, a taxa projetada subiu de 11,51% para 11,55%. O contrato DI para janeiro de 2010 projetou taxa de 11,45% ante 11,40%.
"O Ben Bernanke [o presidente do banco central americano] fez um discurso correto, reafirmando que acredita em um crescimento moderado, sem ver recessão. Agora, a ata [do Fomc] voltou a falar de inflação. Quando lá fora [as Bolsas americanas] caiu, por aqui o dólar corrigiu", nota Ideaki Iha, da mesa de câmbio da corretora Fair.
Iha mencionou outros dois fatores que tiveram influência discreta para pressionar a taxa de câmbio: o leilão de contratos de "swap reverso", feito pelo Banco Central, e a mudança de diretoria no Banco Central brasileiro.
"O Rodrigo Azevedo, que era uma pessoa de perfil conservador, saiu da diretoria da Política Monetária, e o mercado sempre pensa que pode haver mudanças", acrescenta.
Swap reverso
O BC havia informado ontem que realizaria nesta quarta-feira um leilão de contratos do tipo "swap reverso", e fez uma sondagem, ontem, entre os bancos para verificar a demanda pelo papel. Esse tipo de contrato permite uma troca ("swap") de riscos entre quem emite e quem toma o papel. Quem emite --o BC-- assume o risco cambial, enquanto quem toma fica exposto à variação de juros.
O leilão desses papéis pode estimular uma recuperação pontual das cotações da moeda americana, já que a colocação desses contratos tem o efeito equivalente a uma compra de dólares no mercado futuro.
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