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16/04/2007
-
17h58
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
Após atingir a marca histórica de 49.021 pontos pouco antes do encerramento, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou com forte alta de 2,08% nesta segunda-feira e atingiu o sétimo recorde consecutivo em pontos somente no mês de abril, com o Ibovespa em 48.921 pontos. O volume financeiro, inflado pelo vencimento de opções de R$ 2,3 bilhões, atingiu a marca dos R$ 6,6 bilhões.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,036 para venda, em alta de 0,69%. Os principais contratos DI negociados na BM&F projetaram taxas de juros abaixo do fechamento de sexta-feira. A taxa de risco-país, medida pelo banco JP Morgan, bateu os 154 pontos, sem variação sobre o nível de pontos de sexta-feira.
Mônica Araújo, analista chefe da corretora Ativa, vê pelo menos dois pontos trabalhando para explicar o forte avanço da Bolsa brasileira nas últimas semanas. Primeiro, a forte valorização de alguns setores chave do mercado após notícias importantes do setor corporativo, a exemplo da possível compra do grupo financeiro ABN Amro, que no Brasil detém o banco Real. O anúncio ajudou a valorizar os papéis dos bancos Bradesco e Itaú.
"Quando surge uma notícia dessas, parece que o investidor 'acorda' para o setor e volta a valorizar alguns papéis que aparentemente estavam esquecidos. Foi isso que aconteceu hoje com as ações de bancos e foi isso que aconteceu na semana passada com o setor de telefonia", avaliou ela.
Na semana passada, o mercado repercutiu a notícia de que a Telemar Participações pretende comprar as ações preferenciais dos minoritários das subsidiárias negociadas em Bolsa, aliado aos boatos de uma possível fusão com Brasil Telecom. As ações do setor de telefonia, caracterizado por participações cruzadas, subiram como um todo e foram bastante negociadas.
A analista também lembra que houve uma mudança real de "tom" dos mercados de capitais com relação à economia americana, que concentrava a maior parte das preocupações de dez entre dez investidores nas praças globais. Há semanas, uma ala mais "pessimista" do mercado alertava para o risco dos EUA entrar em "estagflação" --economia em recessão mas ainda com pressões inflacionárias significativas, a ponto de impedir um "alívio" na política monetária.
Mônica Araújo ressalta que ainda não há dados suficientes para dizer qual ala --pessimistas ou otimistas-- está certa, mas que os investidores passaram a dar mais atenção para os indicadores de crescimento econômico. "Eles [os índices de inflação] continuam importantes, mas passou a se monitorar com mais atenção os indicadores do nível de atividade, aos resultados das empresas", afirma.
Para a profissional, a evolução do mercado vai estar vinculado à divulgação dos balanços corporativos nos próximos dias --tanto aqui quanto nos EUA-- e se as empresas vão conseguir entregar os resultados esperados.
Hoje, as Bolsas americanas foram fortemente influenciada pela divulgação dos números do Citigroup, que revelou lucro de US$ 5 bilhões no primeiro trimestre, inferior ao desempenho registrado no início de 2006. O mercado, no entanto, levou em conta o impacto da ordem de US$ 800 milhões no balanço, devido ao esforço de reestruturação do banco, que deve demitir 17 mil funcionários.
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Após 49 mil pontos, Bovespa fecha em alta de 2,08% e bate 7º recorde
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da Folha Online
Após atingir a marca histórica de 49.021 pontos pouco antes do encerramento, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) fechou com forte alta de 2,08% nesta segunda-feira e atingiu o sétimo recorde consecutivo em pontos somente no mês de abril, com o Ibovespa em 48.921 pontos. O volume financeiro, inflado pelo vencimento de opções de R$ 2,3 bilhões, atingiu a marca dos R$ 6,6 bilhões.
O dólar comercial encerrou o dia cotado a R$ 2,036 para venda, em alta de 0,69%. Os principais contratos DI negociados na BM&F projetaram taxas de juros abaixo do fechamento de sexta-feira. A taxa de risco-país, medida pelo banco JP Morgan, bateu os 154 pontos, sem variação sobre o nível de pontos de sexta-feira.
Mônica Araújo, analista chefe da corretora Ativa, vê pelo menos dois pontos trabalhando para explicar o forte avanço da Bolsa brasileira nas últimas semanas. Primeiro, a forte valorização de alguns setores chave do mercado após notícias importantes do setor corporativo, a exemplo da possível compra do grupo financeiro ABN Amro, que no Brasil detém o banco Real. O anúncio ajudou a valorizar os papéis dos bancos Bradesco e Itaú.
"Quando surge uma notícia dessas, parece que o investidor 'acorda' para o setor e volta a valorizar alguns papéis que aparentemente estavam esquecidos. Foi isso que aconteceu hoje com as ações de bancos e foi isso que aconteceu na semana passada com o setor de telefonia", avaliou ela.
Na semana passada, o mercado repercutiu a notícia de que a Telemar Participações pretende comprar as ações preferenciais dos minoritários das subsidiárias negociadas em Bolsa, aliado aos boatos de uma possível fusão com Brasil Telecom. As ações do setor de telefonia, caracterizado por participações cruzadas, subiram como um todo e foram bastante negociadas.
A analista também lembra que houve uma mudança real de "tom" dos mercados de capitais com relação à economia americana, que concentrava a maior parte das preocupações de dez entre dez investidores nas praças globais. Há semanas, uma ala mais "pessimista" do mercado alertava para o risco dos EUA entrar em "estagflação" --economia em recessão mas ainda com pressões inflacionárias significativas, a ponto de impedir um "alívio" na política monetária.
Mônica Araújo ressalta que ainda não há dados suficientes para dizer qual ala --pessimistas ou otimistas-- está certa, mas que os investidores passaram a dar mais atenção para os indicadores de crescimento econômico. "Eles [os índices de inflação] continuam importantes, mas passou a se monitorar com mais atenção os indicadores do nível de atividade, aos resultados das empresas", afirma.
Para a profissional, a evolução do mercado vai estar vinculado à divulgação dos balanços corporativos nos próximos dias --tanto aqui quanto nos EUA-- e se as empresas vão conseguir entregar os resultados esperados.
Hoje, as Bolsas americanas foram fortemente influenciada pela divulgação dos números do Citigroup, que revelou lucro de US$ 5 bilhões no primeiro trimestre, inferior ao desempenho registrado no início de 2006. O mercado, no entanto, levou em conta o impacto da ordem de US$ 800 milhões no balanço, devido ao esforço de reestruturação do banco, que deve demitir 17 mil funcionários.
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