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24/04/2007
-
09h00
MARCELO TOLEDO
da Folha de S.Paulo, em Ribeirão
A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que será realizada de segunda-feira a sábado da próxima semana em Ribeirão Preto (a 314 km de São Paulo), prevê negócios de até R$ 900 millhões, contra os R$ 500 milhões do ano passado --edição de pior desempenho na década.
A recuperação dos negócios deve ser capitaneada pelo avanço do setor de açúcar e álcool no país e pela retomada no setor de grãos. O recorde do evento de Ribeirão Preto, que está em sua 14ª edição, pertence a 2004, que registrou uma movimentação de R$ 1,288 bilhão.
O setor sucroalcooleiro, que comandou os negócios no ano passado, terá uma área específica na feira para exposição e demonstração de máquinas para plantio e colheita, além de apresentação de equipamentos para produzir biodiesel.
A previsão de crescimento para os negócios com grãos é de ao menos 10%.
"Os indicadores nos levam a crer que a feira será positiva. A repercussão será maior no setor sucroalcooleiro, claro, mas os grãos estão em uma posição melhor do que a de 2006", afirmou o empresário Rubens Dias de Morais, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e presidente da Jumil, empresa de Batatais fabricante de máquinas agrícolas e implementos agrícolas.
De acordo com a diretora-executiva da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Mônika Bergamaschi, a retomada nos negócios não resolve o problema das dívidas do setor, mas é vista com otimismo.
"A expectativa é a de recuperação. Tivemos dois anos de feira muito ruins por causa da crise no setor e, agora, prevemos que a movimentação deve ser de, pelo menos, R$ 700 milhões", disse a diretora.
Grãos
Bergamaschi afirmou que a situação para os grãos é considerada favorável neste ano devido ao aumento dos preços no mercado internacional. 'Com o aumento no uso de milho para produzir álcool nos Estados Unidos, a oferta mundial é reduzida e, com isso, os preços internacionais sobem, o que favorece o Brasil, que tem área suficiente para plantar milho e também produzir etanol', afirmou Bergamaschi.
Para Morais, embora a feira seja vista como divisora no mercado, o setor ainda tem que adotar cautela. "Os agricultores têm dívidas, um passivo de parte de 2004 e dos danos de 2005 e 2006. Carregar isso não é tão fácil. Há uma linha positiva ascendente, diferentemente dos anos anteriores, e creio que os números serão melhores", afirmou.
Por isso, de acordo com ele, caberá ao produtor buscar produtividade para ter competitividade. Entre as inovações tecnológicas na feira deste ano está a comercialização de tratores movidos a álcool.
A Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) informou que espera que a Agrishow supere as expectativas em tecnologia e volume de negócios, "beneficiando-se deste momento de expansão da atividade".
A feira de Ribeirão Preto tem estimativa de receber pelo menos 140 mil visitantes --contra 118 mil registrados do ano passado--, sendo 4.000 estrangeiros, para conhecer 500 expositores e acompanhar 1.200 demonstrações de máquinas trabalhando no campo.
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A Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), que será realizada de segunda-feira a sábado da próxima semana em Ribeirão Preto (a 314 km de São Paulo), prevê negócios de até R$ 900 millhões, contra os R$ 500 milhões do ano passado --edição de pior desempenho na década.
A recuperação dos negócios deve ser capitaneada pelo avanço do setor de açúcar e álcool no país e pela retomada no setor de grãos. O recorde do evento de Ribeirão Preto, que está em sua 14ª edição, pertence a 2004, que registrou uma movimentação de R$ 1,288 bilhão.
O setor sucroalcooleiro, que comandou os negócios no ano passado, terá uma área específica na feira para exposição e demonstração de máquinas para plantio e colheita, além de apresentação de equipamentos para produzir biodiesel.
A previsão de crescimento para os negócios com grãos é de ao menos 10%.
"Os indicadores nos levam a crer que a feira será positiva. A repercussão será maior no setor sucroalcooleiro, claro, mas os grãos estão em uma posição melhor do que a de 2006", afirmou o empresário Rubens Dias de Morais, vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) e presidente da Jumil, empresa de Batatais fabricante de máquinas agrícolas e implementos agrícolas.
De acordo com a diretora-executiva da Abag (Associação Brasileira do Agronegócio), Mônika Bergamaschi, a retomada nos negócios não resolve o problema das dívidas do setor, mas é vista com otimismo.
"A expectativa é a de recuperação. Tivemos dois anos de feira muito ruins por causa da crise no setor e, agora, prevemos que a movimentação deve ser de, pelo menos, R$ 700 milhões", disse a diretora.
Grãos
Bergamaschi afirmou que a situação para os grãos é considerada favorável neste ano devido ao aumento dos preços no mercado internacional. 'Com o aumento no uso de milho para produzir álcool nos Estados Unidos, a oferta mundial é reduzida e, com isso, os preços internacionais sobem, o que favorece o Brasil, que tem área suficiente para plantar milho e também produzir etanol', afirmou Bergamaschi.
Para Morais, embora a feira seja vista como divisora no mercado, o setor ainda tem que adotar cautela. "Os agricultores têm dívidas, um passivo de parte de 2004 e dos danos de 2005 e 2006. Carregar isso não é tão fácil. Há uma linha positiva ascendente, diferentemente dos anos anteriores, e creio que os números serão melhores", afirmou.
Por isso, de acordo com ele, caberá ao produtor buscar produtividade para ter competitividade. Entre as inovações tecnológicas na feira deste ano está a comercialização de tratores movidos a álcool.
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