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25/04/2007
-
11h21
MÁRCIO RODRIGUES
da Folha Online
O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo registrou queda de 1,1% em março na comparação com fevereiro, segundo dado com ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada mês, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Na comparação entre março e fevereiro deste ano, sem o ajuste sazonal, o INA (Indicador de Nível de Atividade) teve alta de 11,2%. Essa evolução é explicada, principalmente, pela diferença entre o número de dias úteis de fevereiro (17) e março (22).
Na comparação entre março de 2006 e o mesmo período do ano passado, sem ajuste sazonal, foi registrada alta de 0,7%. Na comparação entre os trimestres, a elevação é de 2,9%, também sem ajuste.
O diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Correa de Lacerda, disse que a indústria apresenta leve tendência de recuperação, acompanhando o crescimento da economia.
"Claro que devemos guardar as devidas proporções. Isso porque, o crescimento da indústria de transformação em 2006, por exemplo, foi de apenas 1,6%."
Lacerda lembrou ainda que o crescimento das vendas do comércio tem sido superior ao da indústria. Essa diferença, segundo ele, tem sido abastecida por produtos importados.
"A indústria não consegue acompanhar a evolução das importações. Nosso crescimento está limitado pelo fator câmbio", avalia Lacerda.
Destaques
Um dos destaques da indústria foi o setor de metalurgia básica, que obteve crescimento de 13,5% --sem ajuste sazonal-- no primeiro trimestre, frente ao mesmo período de 2006.
"Até dezembro, esse setor tinha um desempenho abaixo do INA. A partir de então, favorecido pela alta do setor de construção civil e pela demanda internacional, houve uma recuperação que o colocou à frente do INA", explicou Lacerda.
Outro setor que obteve bom desempenho foi o de máquinas e equipamentos, que registrou avanço de 5,8% no trimestre, sem ajuste sazonal. Segundo o diretor do departamento de economia da Fiesp, Feres Abujamra, isso ocorre devido ao aquecimento localizado. "Alguns setores, como o sucroalcooleiro, têm puxado para cima a demanda por máquinas e equipamentos", informou.
Capacidade instalada
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação paulista ficou em 81,9% em março, contra 81,5% no mesmo mês de 2006. O maior nível foi o de Coque, refino de petróleo, combustível nuclear e produção de álcool, com 97,3%. Em segundo lugar vem o setor de equipamentos de escritório e informática, com 94%. Em terceiro aparece metalurgia básica, com uso da capacidade de 93,1%.
Já o menor nível de utilização de capacidade instalada ficou por conta da indústria de edição, impressão e reprodução de gravações, com 70,8%. Em seguida aparece o segmento de móveis e indústrias diversas, com 76% de uso da capacidade.
"Houve uma recuperação no uso da capacidade instalada, mas sem provocar pressão de preços. Até mesmo porque, a indústria ainda está subutilizada", disse Lacerda.
O total de salários reais pagos pela indústria de transformação caiu 2,5% em março na comparação com fevereiro deste ano, sem ajuste sazonal. Na relação com o mesmo mês de 2006, houve avanço de 4%.
Já as vendas reais expandiram-se 30,3% em março, na comparação com fevereiro, sem considerar ajuste sazonal. Na comparação com março de 2006, as vendas apresentaram alta de 14,3%. As horas trabalhadas subiram 7,2% na comparação o mês anterior e 4,5% em relação a março de 2006.
Emprego
Apesar da recuperação, Feres faz um alerta referente ao crescimento das importações. "Se a importação continuar com essa tendência de alta, podemos registrar desemprego na indústria em 2007", alerta.
Ele lembra que em 2006, o indicador do IBGE para o emprego na indústria já terminou "zerado". "Daí para se tornar negativo, é um pulo", afirmou o gerente do departamento de pesquisa e estudos econômicos da Fiesp, André Rebelo.
Revisão
Inicialmente, a pesquisa apontou que, em fevereiro, o INA (Indicador do Nível de Atividade) do setor havia registrado alta de 1,2%, com ajuste sazonal. Porém, dados revisados divulgados hoje pela Fiesp e pelo Ciesp mostram que houve alta de 1%. Sem considerar os efeitos da sazonalidade, os dados revisados indicam alta de 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro.
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da Folha Online
O nível de atividade da indústria de transformação do Estado de São Paulo registrou queda de 1,1% em março na comparação com fevereiro, segundo dado com ajuste sazonal, que elimina características específicas de cada mês, de acordo com pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) e pela Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo).
Na comparação entre março e fevereiro deste ano, sem o ajuste sazonal, o INA (Indicador de Nível de Atividade) teve alta de 11,2%. Essa evolução é explicada, principalmente, pela diferença entre o número de dias úteis de fevereiro (17) e março (22).
Na comparação entre março de 2006 e o mesmo período do ano passado, sem ajuste sazonal, foi registrada alta de 0,7%. Na comparação entre os trimestres, a elevação é de 2,9%, também sem ajuste.
O diretor do Departamento de Economia do Ciesp, Antonio Correa de Lacerda, disse que a indústria apresenta leve tendência de recuperação, acompanhando o crescimento da economia.
"Claro que devemos guardar as devidas proporções. Isso porque, o crescimento da indústria de transformação em 2006, por exemplo, foi de apenas 1,6%."
Lacerda lembrou ainda que o crescimento das vendas do comércio tem sido superior ao da indústria. Essa diferença, segundo ele, tem sido abastecida por produtos importados.
"A indústria não consegue acompanhar a evolução das importações. Nosso crescimento está limitado pelo fator câmbio", avalia Lacerda.
Destaques
Um dos destaques da indústria foi o setor de metalurgia básica, que obteve crescimento de 13,5% --sem ajuste sazonal-- no primeiro trimestre, frente ao mesmo período de 2006.
"Até dezembro, esse setor tinha um desempenho abaixo do INA. A partir de então, favorecido pela alta do setor de construção civil e pela demanda internacional, houve uma recuperação que o colocou à frente do INA", explicou Lacerda.
Outro setor que obteve bom desempenho foi o de máquinas e equipamentos, que registrou avanço de 5,8% no trimestre, sem ajuste sazonal. Segundo o diretor do departamento de economia da Fiesp, Feres Abujamra, isso ocorre devido ao aquecimento localizado. "Alguns setores, como o sucroalcooleiro, têm puxado para cima a demanda por máquinas e equipamentos", informou.
Capacidade instalada
O nível de utilização da capacidade instalada da indústria de transformação paulista ficou em 81,9% em março, contra 81,5% no mesmo mês de 2006. O maior nível foi o de Coque, refino de petróleo, combustível nuclear e produção de álcool, com 97,3%. Em segundo lugar vem o setor de equipamentos de escritório e informática, com 94%. Em terceiro aparece metalurgia básica, com uso da capacidade de 93,1%.
Já o menor nível de utilização de capacidade instalada ficou por conta da indústria de edição, impressão e reprodução de gravações, com 70,8%. Em seguida aparece o segmento de móveis e indústrias diversas, com 76% de uso da capacidade.
"Houve uma recuperação no uso da capacidade instalada, mas sem provocar pressão de preços. Até mesmo porque, a indústria ainda está subutilizada", disse Lacerda.
O total de salários reais pagos pela indústria de transformação caiu 2,5% em março na comparação com fevereiro deste ano, sem ajuste sazonal. Na relação com o mesmo mês de 2006, houve avanço de 4%.
Já as vendas reais expandiram-se 30,3% em março, na comparação com fevereiro, sem considerar ajuste sazonal. Na comparação com março de 2006, as vendas apresentaram alta de 14,3%. As horas trabalhadas subiram 7,2% na comparação o mês anterior e 4,5% em relação a março de 2006.
Emprego
Apesar da recuperação, Feres faz um alerta referente ao crescimento das importações. "Se a importação continuar com essa tendência de alta, podemos registrar desemprego na indústria em 2007", alerta.
Ele lembra que em 2006, o indicador do IBGE para o emprego na indústria já terminou "zerado". "Daí para se tornar negativo, é um pulo", afirmou o gerente do departamento de pesquisa e estudos econômicos da Fiesp, André Rebelo.
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Inicialmente, a pesquisa apontou que, em fevereiro, o INA (Indicador do Nível de Atividade) do setor havia registrado alta de 1,2%, com ajuste sazonal. Porém, dados revisados divulgados hoje pela Fiesp e pelo Ciesp mostram que houve alta de 1%. Sem considerar os efeitos da sazonalidade, os dados revisados indicam alta de 0,9% em fevereiro na comparação com janeiro.
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