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26/04/2007
-
16h38
EPAMINONDAS NETO
da Folha Online
O dólar comercial finalizou a quinta-feira à cotação de R$ 2,028 para venda, em alta de 0,34%. O Banco Central voltou a agir no mercado de câmbio, realizando um leilão de "swap cambial reverso" e um leilão para compra de moeda.
Os primeiros negócios do mercado apontaram uma taxa de câmbio em seu menor nível desde 2001, ao preço de R$ 2,022. Poucas horas depois, o BC realizou um leilão de swap reverso da ordem de US$ 600 milhões, considerado alto por operadores das mesas de câmbio.
No leilão de swap cambial reverso, a autoridade monetária faz uma oferta para trocar títulos da dívida pública que pagam juros de mercado por títulos da dívida que pagam a variação cambial, em poder de investidores. O Banco Central, que vende os papéis, ganha a variação cambial do período de validade dos contratos. Em geral, essa operação tem o efeito de puxar as taxas de câmbio no dia.
Segundo operadores, o leilão de "swap" teve pouco efeito sobre as cotações. A taxa somente começou a subir quando o BC voltou à carga, com o seu leilão diário de compra de moeda.
O BC tem procurado dinamizar o mercado evitando avisar com antecedência a realização dos leilões. Antes, o grosso dos negócios se concentrava na parte da manhã porque interessava a alguns bancos derrubarem as taxas na primeira metade do dia para vender mais caro ao BC no leilão vespertino.
A autoridade monetária procurou cortar essa especulação tornando sua atuação no mercado mais imprevisível, ao evitar o aviso desses leilões com muita antecedência.
Profissionais de mercado, no entanto, já começam a duvidar da eficácia dessas medidas para conter a queda dos preços. "O BC vêm comprando de forma agressiva, mas não dá para saber até quando vai dar. É uma 'bola de neve'. Quando ele compra, aumenta as reservas internacionais, o que é bom para o risco-país, para atingir o 'grau de investimento' [rating]. Mas se atingir o 'grau de investimento', em tese, isso traz mais dólares para o país", avalia Marcos Trabold, operador da corretora B&T.
Juros futuros
Os principais contratos DI negociados na BM&F projetaram taxas mais altas na comparação com a jornada de ontem. No contrato de janeiro de 2008, a taxa projetada passou de 11,57% para 11,61% ao ano. O contrato de janeiro de 2009 apontou taxa de 10,98% contra 10,91% na quarta-feira. No contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 10,69% para 10,77%, de ontem para hoje.
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) mostrou que houve divergência entre os integrantes sobre o impacto dos bens importados sobre a inflação e os efeitos dos cortes anteriores na economia real. Para uma parcela do mercado, o documento frustra as expectativas de uma redução de 0,50 ponto percentual da taxa Selic na reunião de junho.
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BC eleva dose de intervenção e dólar sobe 0,34%, a R$ 2,028
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O dólar comercial finalizou a quinta-feira à cotação de R$ 2,028 para venda, em alta de 0,34%. O Banco Central voltou a agir no mercado de câmbio, realizando um leilão de "swap cambial reverso" e um leilão para compra de moeda.
Os primeiros negócios do mercado apontaram uma taxa de câmbio em seu menor nível desde 2001, ao preço de R$ 2,022. Poucas horas depois, o BC realizou um leilão de swap reverso da ordem de US$ 600 milhões, considerado alto por operadores das mesas de câmbio.
No leilão de swap cambial reverso, a autoridade monetária faz uma oferta para trocar títulos da dívida pública que pagam juros de mercado por títulos da dívida que pagam a variação cambial, em poder de investidores. O Banco Central, que vende os papéis, ganha a variação cambial do período de validade dos contratos. Em geral, essa operação tem o efeito de puxar as taxas de câmbio no dia.
Segundo operadores, o leilão de "swap" teve pouco efeito sobre as cotações. A taxa somente começou a subir quando o BC voltou à carga, com o seu leilão diário de compra de moeda.
O BC tem procurado dinamizar o mercado evitando avisar com antecedência a realização dos leilões. Antes, o grosso dos negócios se concentrava na parte da manhã porque interessava a alguns bancos derrubarem as taxas na primeira metade do dia para vender mais caro ao BC no leilão vespertino.
A autoridade monetária procurou cortar essa especulação tornando sua atuação no mercado mais imprevisível, ao evitar o aviso desses leilões com muita antecedência.
Profissionais de mercado, no entanto, já começam a duvidar da eficácia dessas medidas para conter a queda dos preços. "O BC vêm comprando de forma agressiva, mas não dá para saber até quando vai dar. É uma 'bola de neve'. Quando ele compra, aumenta as reservas internacionais, o que é bom para o risco-país, para atingir o 'grau de investimento' [rating]. Mas se atingir o 'grau de investimento', em tese, isso traz mais dólares para o país", avalia Marcos Trabold, operador da corretora B&T.
Juros futuros
Os principais contratos DI negociados na BM&F projetaram taxas mais altas na comparação com a jornada de ontem. No contrato de janeiro de 2008, a taxa projetada passou de 11,57% para 11,61% ao ano. O contrato de janeiro de 2009 apontou taxa de 10,98% contra 10,91% na quarta-feira. No contrato de janeiro de 2010, a taxa projetada subiu de 10,69% para 10,77%, de ontem para hoje.
A ata do Copom (Comitê de Política Monetária) mostrou que houve divergência entre os integrantes sobre o impacto dos bens importados sobre a inflação e os efeitos dos cortes anteriores na economia real. Para uma parcela do mercado, o documento frustra as expectativas de uma redução de 0,50 ponto percentual da taxa Selic na reunião de junho.
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