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01/05/2007
-
10h31
ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo, no Rio de Janeiro
O grupo Telefônica no Brasil garante que a compra da Telecom Italia, anunciada no sábado, não lhe dará controle sobre a TIM (Telecom Italia Mobile) no país nem sobre a participação dos italianos na empresa de telefonia Brasil Telecom.
A TIM, segundo a Telefônica, continuará disputando o mercado com a marca Vivo, que a empresa usa no Brasil. Um alto executivo do grupo disse à Folha que os papéis assinados na Europa impedem a empresa de interferir na gestão de negócios da Telecom Itália em países onde as duas forem concorrentes, como no Brasil, embora lhe dê poderes de veto.
Se a Telecom Italia, por exemplo, decidisse vender a TIM para a América Móvil (do grupo mexicano Telmex), principal adversária da espanhola Telefónica na América Latina, ela poderia vetar o comprador.
A Vivo é a maior empresa de telefonia celular do país, com 28,4% do total de assinantes. Pertence à Telefônica brasileira e ao grupo Portugal Telecom, cada um com 50% do capital. A TIM é a segunda maior, com 25,8% do total de assinantes.
No sábado, um consórcio formado pela Telefónica espanhola e grupos italianos anunciou a compra da Olímpia, controladora da Telecom Italia, por 4,1 bilhões. O consórcio terá, indiretamente, 18% do capital da tele. A distribuição do capital dentro do consórcio é a seguinte: Telefónica (42,3%), Generali (28,2%), Mediobanca (10,7%), Intesa (10,7%) e família Benetton (8,2%).
Como a Telefónica já tinha 5% do capital da Telecom Italia, adquiridos anteriormente à compra da Olimpia, o grupo espanhol ficará com uma participação final de cerca de 10% das ações da Telecom Italia e terá dois representantes no conselho de administração da empresa, de um total de 19.
O tele italiana, por sua vez, possui 81% do capital da TIM Brasil e 38% da holding Solpart, que controla a empresa de telefonia fixa BrT (Brasil Telecom). Os italianos, no entanto, não participam da gestão da Brasil Telecom, por causa da superposição de licenças de telefonia celular com a TIM. As ações da Solpart estão depositadas em um fundo administrado pelo Crédit Suisse.
Analistas interpretam que a Telefônica passará a controlar 54,2% do mercado de telefonia celular no Brasil, o que corresponde à soma das participações da TIM e da Vivo. A empresa contesta tal análise.
Benefícios
Segundo o site Teleco, especializado no setor, mesmo com gestão separada, a Telecom Italia poderá ser considerada do mesmo grupo que a Telefónica, já que é a única operadora de telecomunicações a fazer parte de seu bloco de controle.
A Telefônica brasileira admite que vai se beneficiar da negociação havida na Europa, ainda que a TIM permaneça independente. Entre os benefícios, aponta a possibilidade de assinatura de acordos de "roaming" com a TIM em Minas Gerais e no Nordeste, onde a Vivo não tem licença de operação, para que seus clientes que estejam em viagem nessas regiões possam ser atendidos em sinal digital.
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O grupo Telefônica no Brasil garante que a compra da Telecom Italia, anunciada no sábado, não lhe dará controle sobre a TIM (Telecom Italia Mobile) no país nem sobre a participação dos italianos na empresa de telefonia Brasil Telecom.
A TIM, segundo a Telefônica, continuará disputando o mercado com a marca Vivo, que a empresa usa no Brasil. Um alto executivo do grupo disse à Folha que os papéis assinados na Europa impedem a empresa de interferir na gestão de negócios da Telecom Itália em países onde as duas forem concorrentes, como no Brasil, embora lhe dê poderes de veto.
Se a Telecom Italia, por exemplo, decidisse vender a TIM para a América Móvil (do grupo mexicano Telmex), principal adversária da espanhola Telefónica na América Latina, ela poderia vetar o comprador.
A Vivo é a maior empresa de telefonia celular do país, com 28,4% do total de assinantes. Pertence à Telefônica brasileira e ao grupo Portugal Telecom, cada um com 50% do capital. A TIM é a segunda maior, com 25,8% do total de assinantes.
No sábado, um consórcio formado pela Telefónica espanhola e grupos italianos anunciou a compra da Olímpia, controladora da Telecom Italia, por 4,1 bilhões. O consórcio terá, indiretamente, 18% do capital da tele. A distribuição do capital dentro do consórcio é a seguinte: Telefónica (42,3%), Generali (28,2%), Mediobanca (10,7%), Intesa (10,7%) e família Benetton (8,2%).
Como a Telefónica já tinha 5% do capital da Telecom Italia, adquiridos anteriormente à compra da Olimpia, o grupo espanhol ficará com uma participação final de cerca de 10% das ações da Telecom Italia e terá dois representantes no conselho de administração da empresa, de um total de 19.
O tele italiana, por sua vez, possui 81% do capital da TIM Brasil e 38% da holding Solpart, que controla a empresa de telefonia fixa BrT (Brasil Telecom). Os italianos, no entanto, não participam da gestão da Brasil Telecom, por causa da superposição de licenças de telefonia celular com a TIM. As ações da Solpart estão depositadas em um fundo administrado pelo Crédit Suisse.
Analistas interpretam que a Telefônica passará a controlar 54,2% do mercado de telefonia celular no Brasil, o que corresponde à soma das participações da TIM e da Vivo. A empresa contesta tal análise.
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A Telefônica brasileira admite que vai se beneficiar da negociação havida na Europa, ainda que a TIM permaneça independente. Entre os benefícios, aponta a possibilidade de assinatura de acordos de "roaming" com a TIM em Minas Gerais e no Nordeste, onde a Vivo não tem licença de operação, para que seus clientes que estejam em viagem nessas regiões possam ser atendidos em sinal digital.
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