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18/05/2007 - 12h16

Protagonistas da OMC consideram reunião de trabalho "produtiva"

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da Folha Online

Os representantes dos principais países envolvidos nas negociações da Rodada Doha --Brasil, Índia, EUA e a União Européia (UE)-- classificaram a reunião de dois dias encerrada nesta sexta-feira para impulsionar a liberalização do comércio mundial como "produtiva" e disseram esperar que se chegue a um acordo até o fim deste ano.

O grupo informou em um comunicado conjunto que se encontrarão para mais uma reunião no próximo mês. Participaram da reunião o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim; o ministro do Comércio da Índia, Kamal Nath; representando os EUA, a representante comercial do país, Susan Schwab e o secretário de Agricultura, Mike Johanns; e, representando a UE, o comissário do Comércio, Peter Mandelson e a comissário de Agricultura, Mariann Fischer-Böel.

"Nosso encontro foi produtivo e incluiu discussões em todas as áreas centrais, com foco particular sobre a agricultura e acesso a mercados não-agrícolas e ao setor de serviços", informou o grupo, em comunicado. "Continuaremos a manter negociações intensas em nível ministerial nas próximas semanas, em busca de uma convergência. Iremos nos encontrar em caráter formal no próximo mês."

Também participaram o negociador da OMC (Organização Mundial do Comércio) para o setor agrícola, Crawford Falconer, e o negociador para acesso a áreas não-agrícolas, Don Stephenson. Falconer pediu que EUA e UE cheguem a um compromisso sobre as tarifas de importação de produtos agrícolas.

Em abril, Mandelson disse que os dois meses seguintes seriam "cruciais" para se chegar a um acordo na Rodada Doha --sob risco de ver as negociações sofrerem um atraso de ao menos três anos.

"Fast Track"

A rodada foi lançada em 2001, na cidade de Doha (capital do Qatar). Em julho do ano as negociações foram paralisadas devido ao impasse entre os países em desenvolvimento, que querem maior abertura nos mercados agrícolas dos países desenvolvidos, e estes, que querem em contrapartida maior abertura nos setores industrial e de serviços dos primeiros. As negociações se encontram paralisadas desde julho do ano passado.

Em janeiro deste ano, no entanto, as negociações foram retomadas no Fórum Econômico Mundial.

Em março, Lamy disse que as negociações precisam "acelerar para aproveitar essa janela de oportunidade, que expira no fim de junho" deste ano. Junho é o mês em que expira a TPA (sigla em inglês para Autoridade para Promoção Comercial), ou "fast track", autorização dada ao presidente dos EUA, George W. Bush, pelo Congresso para, durante cinco anos, negociar acordos comerciais. O Congresso pode aprovar ou rejeitar (em um prazo de 90 dias) os acordos feitos por Bush, mas não pode modificar os acordos.

Com a maioria no Congresso formada por democratas --opositores do presidente Bush, republicano--, a possibilidade de o "fast track" ser renovado vem sendo questionada.

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