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24/05/2007 - 15h57

Volks reduzirá exportação para 18% da produção em seis anos

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KAREN CAMACHO
da Folha Online

A Volkswagen do Brasil já incorporou a apreciação do real frente ao dólar e usa o aquecimento do mercado doméstico para compensar as perdas com exportação. A montadora alemã, que já havia anunciado que reduziria a participação das vendas externas na produção, informou nesta quinta-feira que, em seis anos, as exportações vão representar 18% das vendas das unidades fabricadas no Brasil.

No ano passado, a empresa produziu 630 mil veículos, sendo 205 mil para exportação, cerca de 32,5%. Neste primeiro quadrimestre, a empresa exportou cerca de 30%. A Volks já chegou a exportar 40% de sua produção.

Roberto Assunção/Folha Imagem
Os carros da Volks CrossFox 1.6 e Fox 1.6
Os carros da Volks CrossFox 1.6 e Fox 1.6
O presidente da empresa no Brasil, Thomas Schmall, afirmou que as duas frentes são importantes, mas que as exportações são uma "perna machucada" da empresa. Ele disse que as exportações, em unidades, ainda não terão tanta redução neste ano, já que a empresa pretende vender 200 mil veículos ao mercado externo, mas informou que em seis anos a realidade será outra.

"Nenhuma empresa vai eliminar as exportações, mas substituir o que perde com o mercado doméstico", afirmou. Para este ano, a expectativa é de alta entre 11% e 14% nas vendas internas, fechando com a comercialização entre 480 mil e 520 mil veículos.

A meta de voltar à liderança do setor, segundo Schmall, existe, mas não é imediatista. "Pode ser no ano que vem ou em 2009, mas não vamos usar de medidas que possam prejudicar a empresa", afirmou.

O crescimento sustentado, nos projetos da empresa, conta com a redução de custos na fabricação dos veículos, importação de modelos montados em outras unidades no mundo e redução do prazo para a entrega dos pedidos. Segundo ele, a empresa já diminuiu em cerca de sete dias, passando a cumprir entre 33 e 37 dias.

A empresa também reforçou a meta de lançar dois novos carros em 2008 e mantém o plano de investimento para o Brasil anunciado no ano passado, de R$ 2,5 bilhões até 2011.

De volta a 1997

O aquecimento do mercado interno, embora seja comemorado pelas montadoras e base de sustentação para as altas na produção, traz o setor de volta aos patamares de 1997.

"Estamos otimistas com o futuro, mas demoramos dez anos para equiparar as vendas internas que foram registradas em 1997", afirmou Schmall.

Naquele ano, o setor registrou vendas internas de 1,93 milhão de veículos. Para este ano, a Anfavea (associação das montadoras) estima uma alta de 14,5% sobre o ano passado e soma de 2,21 milhões de unidade vendidas, contra 1,93 milhão de 2006.

A Anfavea revisou, em março, as projeções para o ano. Até fevereiro esperava alta de 7,7% nas vendas domésticas.

Para Schmall, o aquecimento do mercado interno nos primeiros quatros meses do ano surpreendeu as montadoras, que previam altas entre 2% e 3% nas vendas internas.

Aço

Assim como a Fiat, a Volks anunciou nesta quinta-feira que pode importar entre 5% e 15% do aço utilizado na produção dos veículos neste ano. A empresa usa cerca de 300 mil toneladas por ano. A Fiat disse que vai importar 10% do produto utilizado.

Schmall disse que, em 2005, a empresa importou 30 mil toneladas de aço de fornecedores da Europa, cerca de 10% de sua demanda. O produto foi utilizado até meados do ano passado. Dessa vez, segundo ele, a Volks pode comprar de fornecedores da Europa, Coréia e China.

Segundo Schmall, o aço representa de 22% a 26% do custo do veículo.

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