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Inovação garante desempenho das exportações, aponta estudo do Ipea
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O governo precisa investir em inovação tecnológica para garantir o desempenho das exportações brasileiras no futuro. Para o pesquisador João Alberto De Negri, esse apoio é necessário para a permanência das empresas brasileiras no comércio exterior.
"O desempenho das exportações nos próximos anos tenderá ao arrefecimento se o Estado brasileiro não investir em inovação tecnológica", disse o pesquisador, que organizou o estudo "As Empresas Brasileiras e o Comércio Exterior", lançado hoje pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).
O estudo mostra que nos últimos 15 anos o comércio de produtos de alta tecnologia cresceu a uma taxa de 13,2% ao ano, contra 3,8% dos produtos primários. No caso do Brasil, a pauta exportadora ficou estável.
"Não são concorrentes as exportações de commodities e a busca por mercados de maior intensidade tecnológica", explicou.
Produtividade
De acordo com De Negri, as empresas exportadoras que investem mais em inovação têm uma produtividade maior, aumentam a oferta de emprego e oferecem melhores salários que as demais. "Como exportar envolve custo fixo de entrada, as empresas que pretendem exportar precisam ficar maiores e mais produtivas."
No primeiro ano após a entrada no mercado externo, a produtividade, faturamento e nível de emprego crescem, respectivamente, 23,7%, 50% e 21%. Já no ano seguinte o nível de produtividade fica estável, mas faturamento e emprego têm uma expansão de 43% e 20%, em média.
O estudo mostra ainda que as empresas investem em inovação tecnológica para ganhar novos mercados. Das estreantes no mercado internacional, 5,8% fazem inovações no produto e 48,9%, no processo de produção. Já entre as não-exportadoras, apenas 0,38% tem como estratégia inovar os produtos e 24,4% fazem inovações nos processos.
Crescimento sustentável
De Negri explicou que as exportações são importantes para o país porque garantem o crescimento sustentável da economia, já que a capacidade de produção fica maior.
Além disso, segundo o estudo, a renda mundial pode ter mais impacto sobre o desempenho das exportações do que a taxa de câmbio. "Variações da renda mundial podem afetar de forma decisiva o desempenho do exportador."
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