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Mantega critica processo de escolha na direção do Bird e do FMI
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ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online, em Brasília
O ministro Guido Mantega (Fazenda) voltou a defender nesta quarta-feira (30) um novo procedimento para a escolha da diretoria de organismos internacionais, como o FMI (Fundo Monetária Internacional) e Bird (Banco Mundial). Para ele, o processo de escolha de hoje é defasado.
"Nós temos que superar esse esquema que coloca um europeu no FMI e um norte-americano no Banco Mundial. Nós precisamos evoluir nessa discussão. Fazer com que ela amadureça e que ela possa espelhar uma nova realidade", afirmou.
Para ele, esses procedimentos refletem uma correlação de forças que já não existe mais. "Alguns países possuem um poder econômico maior do que quando as instituições foram criadas em Bretton Woods. Estamos ainda na realidade geopolítica do pós-guerra", disse.
O FMI e o Bird foram criados em dezembro de 1945, após o final da Segunda Guerra Mundial. A estrutura dos dois organismos foi definida nas conferências de Bretton Woods (EUA).
Ontem o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, escolheu Robert Zoellick, 53, ex-secretário de comércio, para assumir o Banco Mundial. Ele irá substituir Paul Wolfowitz, que se demitiu depois de uma série de críticas sobre o aumento de salário concedido a sua namorada, Shaha Riza, que também trabalhava na instituição.
Apesar das críticas em relação ao processo de escolha, Mantega elogiou Zoellick. "Ele tem uma experiência internacional muito boa."
Em 2002, o então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva chamou Zoellick de "sub do sub do sub" depois que ele disse que ou o Brasil se associava à Alca (Área de Livre Comércio das Américas), ou criava um bloco com a Antártida.
Leia mais
- Presidente Bush designa Robert Zoellick para presidir Banco Mundial
- Conselho do Banco Mundial aceita renúncia de Wolfowitz
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