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06/06/2007 - 18h26

Chávez diz que Venezuela sairá do FMI e do Bird "na hora certa"

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da France Presse, em Caracas

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quarta-feira que a Venezuela vai se retirar do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Bird (Banco Mundial) "na hora certa".

"Há uma comissão técnica trabalhando neste tema. Eu emiti o que poderíamos chamar de um pronunciamento político", disse Chávez, em entrevista coletiva à imprensa estrangeira.

"O Ministério das Finanças e o do Planejamento estão fazendo um estudo, em cuja primeira análise deduzi que vamos continuar nessa direção, mas não temos por que fazê-lo imediatamente por razões técnicas", justificou o presidente.

Chávez acrescentou que "não há necessidade de fazê-lo de imediato", porque "poderia afetar hoje a realidade nacional, a economia venezuelana e a dívida venezuelana".

No início de abril, Hugo Chávez anunciou a saída da Venezuela do FMI e do Bird, alegando que estes organismo são "ferramentas do império" e por "servirem aos interesses do Norte".

De acordo com as cláusulas da dívida contraída pela Venezuela, caso o governo adote essa medida, alguns investidores podem solicitar o pagamento antecipado dos papéis, em 100% de seu valor nominal, já que não existe nenhum órgão internacional que avalize esses bônus.

Dos US$ 22 bilhões em títulos, cerca de 25% estariam em condição de "default" (descumprimento do contrato), correspondentes a US$ 4,5 bilhões, segundo dados da agência de classificação de risco Fitch, em Caracas.

Nos últimos meses, a Venezuela fez emissões de dívida com o objetivo de conseguir liquidez, promover a economia e amenizar a inflação: US$ 2,5 bilhões no "Bono del Sur" (bônus binacional argentino-venezuelano) e US$ 7,5 bilhões da estatal PDVSA.

Recentemente, o ministro das Finanças, Rodrigo Cabezas, anunciou uma nova emissão de papéis entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão do "Bono del Sur III" (ou Bônus do Sul), para o segundo trimestre do ano.

"De fato, não temos nada a ver com o Fundo Monetário Internacional, nem com o Banco Mundial", disse Chávez, lembrando que a Venezuela pagou há pouco tempo todas as suas dívidas com os dois organismos.

 

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