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Opep diz que Equador será aceito novamente na organização
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da Efe, em Viena
O secretário-geral da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), Abdalla Salem El-Badri, afirmou nesta quinta-feira em Viena que o Equador é "bem-vindo" a qualquer momento no cartel, após confirmar que Quito enviou uma carta oficial perguntando qual seria seu status no grupo.
"Recebemos uma carta oficial do Equador e estamos entrando em contato com eles", disse Badri a um grupo de jornalistas antes da abertura da 4ª Reunião Ministerial do Diálogo Energético entre a União Européia (UE) e a Opep.
O presidente do Equador, Rafael Correa, manifestou várias vezes o desejo de que o país, que produz cerca de 530 mil barris de petróleo por dia, volte à organização, da qual saiu em 1992 após 20 anos de participação como membro integral.
Aparentemente, o país não precisa passar novamente pelos trâmites usuais para aderir à organização, pois sua saída do grupo nunca chegou a ser legalizada juridicamente.
Na última conferência do Conselho de Ministros da Opep, realizada em 15 de março em Viena, o presidente rotativo da organização e ministro do Petróleo dos Emirados Árabes Unidos, Mohammed Al Hamli, surpreendeu em entrevista coletiva ao afirmar que "o Equador ainda é membro. Sua pertinência está apenas suspensa".
Segundo fontes do grupo, o Governo de Quito deveria apenas saldar dívidas pendentes de cerca de US$ 4,2 milhões para ser totalmente reintegrado como 13º membro da Opep.
O Equador é o terceiro maior fornecedor latino-americano de petróleo aos Estados Unidos, atrás de México e Venezuela, e o quinto maior produtor da América Latina.
Segundo dados do Departamento de Energia americano, 12 petrolíferas multinacionais atuam no Equador. A Repsol YPF é o maior produtor privado (com uma cota de 11%), enquanto a estatal Petroecuador controla cerca de 46%.
O retorno do Equador a Opep fortaleceria a presença da América Latina, atualmente representada apenas pela Venezuela. Os demais membros são Angola, Arábia Saudita, Argélia, Catar, Emirados Árabes Unidos, Indonésia, Iraque, Irã, Kuait, Líbia e Nigéria.
Conjuntamente, estes países controlam cerca de 40% da produção mundial de petróleo e dois terços das exportações petrolíferas do planeta.
Fontes próximas à organização especulam que Quito já poderia enviar uma delegação a próxima conferência da Opep, prevista para 11 de setembro em Viena.
Por outro lado, sobre informações de que o Sudão também pretende entrar na Opep, Badri se limitou a afirmar hoje que, por enquanto, a Opep "não recebeu nada oficial do Sudão".
A organização fundada em 1960 está em fase de ampliação, iniciada em 1º de janeiro com a adesão de Angola, após mais de 30 anos em que o número de membros permaneceu restrito a 11 países.
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