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04/08/2007 - 10h40

CVM apura 2º caso envolvendo Petrobras no ano

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TONI SCIARRETTA
da Folha de S.Paulo

A CVM (Comissão de Valores Mobiliários) apura se ocorreu um vazamento de informação privilegiada na venda da Suzano Petroquímica para a Petrobras, afirmou Waldir Nobre, superintendente de Relações com o Mercado e Intermediários da autarquia.

Trata-se do segundo caso apenas neste ano de suspeita de vazamento de informação sigilosa de um negócio envolvendo a Petrobras.

Segundo Nobre, além da valorização ontem de 56,3% nas ações PN (sem direito a voto) da Suzano Petroquímica, num dia de queda de 3,3% da Bovespa, a CVM notou um aumento atípico no volume de negócios dos papéis nos últimos dias. Os donos dos papéis da petroquímica terão direito a um prêmio pela aquisição.

Apenas ontem as ações PN da Suzano movimentaram R$ 67,5 milhões na Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo). Em junho, os mesmo papéis giravam diariamente cerca de R$ 3,9 milhões.

Informações

De acordo com o superintendente da CVM, o trabalho da comissão agora será cruzar as informações dos investidores que movimentaram os papéis nos últimos dias com os nomes das pessoas dentro da Petrobras e da Suzano que sabiam do negócio. Normalmente, os executivos que sabem do negócio costumam assinar um termo se comprometendo a manter o sigilo da operação.

"Se aparecer algo muito evidente, abriremos um termo de acusação formal dentro da CVM. Mas, se houver evidências, mas não provas cabais, abriremos um inquérito administrativo para apurar o caso", disse Nobre.

No final de março, a Comissão de Valores Mobiliários chegou a conseguir na Justiça o bloqueio das contas de quatro investidores, sendo um deles gerente da Petrobras, suspeitos de ganhar dinheiro na Bolsa de Valores por saberem com antecedência da venda do Grupo Ipiranga para o consórcio Petrobras-Braskem- Ultra.

Ao todo, a CVM investigou 26 investidores, entre pessoas físicas e jurídicas por suspeita de vazamento no caso. A investigação continua.

A Petrobras abriu uma sindicância interna para apurar o caso, mas concluiu que não havia elementos para afirmar que o funcionário da estatal utilizou informação privilegiada.

Sadia

Além do caso Ipiranga, a CVM investigou recentemente o "vazamento" da oferta que a Sadia fez para comprar a concorrente Perdigão, um negócio que nem chegou a sair do papel. A própria SEC (a CVM americana) apurou transação suspeita de um ex-diretor da Sadia, que acabou aceitando pagar US$ 316,7 mil para encerrar com acordo uma ação na qual foi acusado de uso de informação privilegiada.

 

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