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Santander, RBS e Fortis aumentam para 3,25% participação no ABN
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da Efe, em Londres
O consórcio formado pelo espanhol Santander, o britânico RBS (Royal Bank of Scotland) e o belga-holandês Fortis comunicou nesta terça-feira a compra de ações do holandês ABN Amro até alcançar participação conjunta de 3,25%.
Os três bancos, que concorrem com o britânico Barclays para tomar o controle da entidade holandesa, gastaram 1,378 bilhão de euros na compra de quase 41 milhões de ações do ABN --pouco mais de 2% do seu capital-- a um preço médio de 33,81, euros segundo comunicado conjunto divulgado hoje.
O preço pago pela compra dos títulos, realizada na sexta e segunda-feira, é 12% inferior aos 38,40 de euros oferecidos na proposta de compra de todo o grupo.
As ações do ABN caíram na semana passada na Bolsa de Valores de Amsterdã pelo temor de que o consórcio pudesse se retirar da disputa bancária mais cara da história.
Antes de o consórcio apresentar a oferta pelo grupo ABN, em abril, os três bancos possuíam participação conjunta de 1,09% no banco holandês, informaram fontes do RBS. A percentagem de direitos a voto atual coincide com a participação no capital, de 3,25%, segundo o banco britânico.
O consórcio informa no comunicado que poderia continuar comprando ações do banco holandês "dentro dos limites" permitidos pelos reguladores.
Segundo um porta-voz do Banco Central da Holanda (DNB), uma companhia não pode superar os 10% do capital de um banco ou seguradora sem a aprovação dessa instituição ou do governo, caso a entidade seja uma das cinco maiores do país, como é o caso do ABN.
Portanto, o consórcio não poderia superar 10% da participação de capital do ABN sem antes conseguir uma declaração de "não-objeção" do Ministério das Finanças holandês, solicitada desde meados de junho.
O Barclays conseguiu a declaração de "não-objeção" a sua oferta na segunda-feira.
Risco
No entanto, o DNB aconselha o governo para tomar a decisão, e uma opinião negativa do Banco Central seria vinculativa. Se a resposta do conselho for positiva, a decisão final ficaria então nas mãos do ministro das Finanças. O DNB advertiu em abril que a compra e a divisão do ABN pelo consórcio representava um "fator de aumento do risco e algo complexo" em relação a sua transação e à implementação.
O regulador da Bolsa de Valores de Amsterdã exige uma notificação ao mercado no momento em que uma companhia superar participação de 5% do capital de uma firma cotada no mercado.
A oferta do Barclays, calculada ao preço atual de suas ações (em torno de 6,50 libras) na Bolsa de Valores de Londres, está avaliada em 63,5 bilhões de euros, dos quais 37% seriam pagos em dinheiro. As ações do Barclays teriam que subir mais de 20% na bolsa -- 8 libras por título-- para que a valorização de sua oferta se igualasse à do consórcio.
O Santander, o RBS e o Fortis oferecem 71,1 bilhões de euros pelo ABN, 93% em dinheiro e o resto em ações do Royal Bank.
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