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Gulliver começa troca de brinquedos com recall neste sábado
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da Folha Online
A fabricante de brinquedos Gulliver começa neste sábado a efetuar a troca de brinquedos com ímãs que oferecem perigo para crianças por outros produtos ou pelo reembolso. A empresa informou que fará campanhas para recolher os itens da linha Magnetix e que 49.674 unidades do modelo foram vendidas no Brasil em 2006.
São brinquedos com esferas metálicas e hastes plásticas com ímãs em suas extremidades que permitem que as crianças montem objetos.
A Gulliver já informou a relação de locais, divididos por Estado, onde os consumidores que tiverem adquirido a versão antiga do brinquedo Magnetix poderão efetuar as trocas por outros produtos Gulliver do mesmo valor.
No caso das cidades não especificadas na lista, o consumidor deverá entrar em contato diretamente com o serviço de atendimento da Gulliver, no telefone 0800-770 2650 (diariamente das 8h às 17h45).
O consumidor que não quiser outro brinquedo deverá entrar em contato com a central e solicitar o dinheiro de volta. A Gulliver informou que vai estudar uma forma de reembolsar o cliente por região.
Nos Estados Unidos, o recall ocorreu após a agência que protege a segurança dos consumidores constatar 29 acidentes com os ímãs. Uma criança morreu e outras 28 tiveram de passar por cirurgia --um caso foi por aspiração, e os demais, de danos ao intestino das crianças que engoliram os ímãs.
O produto é fabricado na China pela empresa canadense Mega Brands e vendido aos brasileiros pela Gulliver. A linha Magnetix foi modificada em 2006, de acordo com a empresa, mas lotes remanescentes da versão anterior do brinquedo ficaram no varejo.
Robson Ventura/Folha Imagem |
Foto do brinquedo Magnetix, da Gulliver, que poderá ser trocado a partir do dia 1º |
A Gulliver, que havia informado a retirada de brinquedos remanescentes das lojas, foi notificada pelo Procon e pelo DPDC (Departamento de Proteção e Defesa ao Consumidor) para dar explicações sobre os riscos do modelo. Até então, a empresa informada que o item era certificado pelo Inmetro (Instituto Nacional de Metrologia, Normatização e Qualidade Industrial) e que a ação não configurava um recall.
Com a pressão, a empresa cedeu e decidiu que fará uma campanha nacional para recolher os itens. A Gulliver disse que a decisão foi tomada após reunião com a canadense Mega Brands Inc, responsável pelo produto.
O diretor de fiscalização do Procon-SP, Paulo Arthur Góes, já havia dito que a empresa poderia ser multada em até R$ 3 milhões se constatasse o risco do brinquedo e se recusasse a realizar um recall.
O procedimento, ainda de acordo com a Gulliver, não foi anunciado no Brasil de forma simultânea ao dos EUA porque a Mega Brands Inc "considerou o assunto circunscrito ao mercado norte-americano, decidindo não comunicar o fato formalmente, nem mesmo, aos seus parceiros de qualquer outro país. No caso do Brasil, a Gulliver".
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