BNDES libera financiamento de R$ 580 mi para a MMX

O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) aprovou ontem, durante a última reunião da diretoria, um financiamento de R$ 580,4 milhões para a MMX Amapá Mineração e Logística. O recurso será usado pela empresa para implantar um projeto integrado de mineração e infra-estrutura logística no Amapá. Este valor corresponde a 57% do investimento total de R$1 bilhão.

De acordo com o BNDES, o projeto prevê o desenvolvimento de uma mina e a instalação de uma unidade de beneficiamento com capacidade de produção anual de 6,5 milhões de toneladas de minério de ferro no município de Pedra Branca do Amapari (AP). Também será usado para investir na reforma e adequação do porto de Santana (AP) e da Estrada de Ferro do Amapá, que interliga Santana à Serra do Navio --usado antigamente no transporte de manganês.

O minério proveniente da Mina Amapá será transportado pela Estrada de Ferro do Amapá e embarcado para exportação através do Porto de Santana --que tem uma infra-estrutura de carregamento de navios projetada para suportar a capacidade de 6,5 milhões de toneladas/ano de pellet feed (minério fino) e sinter feed (minério granulado) e está localizado às margens do Rio Amazonas.

O empreendimento será conduzido por duas empresas do grupo MMX: MMX Amapá Mineração Ltda. --titular dos direitos minerários da mina de ferro Amapá e proprietária do Porto de Santana-- e MMX Logística do Amapá Ltda. --detentora da concessão da Ferrovia Amapá. Segundo o BNDES, o projeto --que pretende gerar cerca de 650 novos empregos diretos-- já conta com licença ambiental de instalação concedida pela Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente do Amapá).

A MMX Amapá é controlada pela MMX Mineração e Metálicos S.A. (70% do capital social), do empresário Eike Batista. O restante do capital (30%) é de titularidade da Centennial Asset Participações Amapá S.A., pertencente a Cleveland Cliffs Inc., a maior produtora norte-americana de pelotas de ferro.

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