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22/09/2007 - 09h36

Sem gás, usina de MT recorre a diesel de SP

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FABIANO MAISONNAVE
Enviado especial da Folha a Manaus (AM)
HUDSON CORRÊA
da Agência Folha, em Campo Grande (MS)

A crise de energia em Cuiabá provocada pela falta de gás boliviano para alimentar a termelétrica local fez com que o Ministério de Minas e Energia criasse um esquema emergencial para levar óleo diesel de caminhão desde Paulínia (SP) até a capital mato-grossense, distante cerca de 1.500 km.

A solução provisória estava sendo afinada ontem entre o governo federal, a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), Furnas e a Pantanal Energia, controladora da termelétrica. Um dos impasses era sobre o custo da operação, maior do que a compra de gás boliviano.

O combustível, que deverá ser comprado da Petrobras, pode começar a chegar a Cuiabá já na semana que vem, segundo a Folha apurou.

Atualmente, a termelétrica Governador Mário Covas está inoperante por falta de gás, fragilizando a rede de abastecimento de energia elétrica no Estado de Mato Grosso.

O diretor comercial e de assuntos regulatórios da Pantanal, Fábio Garcia, disse que existe uma negociação para trazer óleo diesel de Paulínia (SP) para atender a usina, mais que ainda não houve acordo.

Garcia disse que desde o início deste mês a usina parou de funcionar sem o gás. Ele afirmou, sem dar detalhes, que a negociação com a Bolívia continua para que o fornecimento de gás seja restabelecido.

O chefe do escritório do governo de Mato Grosso em Brasília, Jefferson de Castro Júnior, confirmou que o diesel será transportado de Paulínia para atender a usina em Cuiabá. Castro acompanha a situação da termelétrica a pedido do governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR).

A Cemat (Centrais Elétricas Mato-grossenses), que distribui energia a 850 mil consumidores de Mato Grosso, informa que, sem a termelétrica, o sistema fica vulnerável.

"Quando contamos com a produção mínima da usina termelétrica de Cuiabá, de 135 MW, temos a tranqüilidade de poder liberar uma pequena hidrelétrica para manutenção. Ou, quando começam as chuvas e as descargas atmosféricas, temos cobertura para eventuais reparos nas redes. Sem essa geração, o sistema de distribuição fica mais frágil", informou a diretoria.

Devido às oscilações e quedas no fornecimento de energia, o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), decretou na última segunda-feira situação de emergência na cidade. A baixa umidade relativa do ar e a dificuldade em manter o abastecimento de água em bairros também motivaram o decreto.

Quando está em operação, a termelétrica, controlada pela Pantanal Energia, é responsável por 70% da energia produzida em Mato Grosso.

A Bolívia enfrenta problemas de produção de gás. Um dos seus campos mais importantes, o de Margarita (sul do país), está parcialmente paralisado, sem data para normalizar.

No final de setembro, a Bolívia informou à Pantanal que não poderá fornecer gás regularmente pelo menos até o final do ano. Especialistas bolivianos, porém, afirmam que a normalização só será possível daqui a no mínimo seis meses.

 

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