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27/09/2007 - 19h26

Suez diz que não quer construtoras como sócia no Madeira

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LORENNA RODRIGUES
da Folha Online, em Brasília

O presidente da Energia Sustentável --empresa criada pelo Grupo Suez para concorrer no leilão da usina de Santo Antônio, no Madeira-- Vitor Paranhos, disse nesta quinta-feira à Folha Online que a empresa não se associará a construtoras ou fornecedores de equipamentos para a disputa.

Ele confirmou que a Suez se associou à Eletrosul para participar na licitação, como antecipou a Folha Online. Paranhos disse ainda que já tem projeto e orçamento prontos para o empreendimento. Ele não quis adiantar números, mas informou que o valor previsto para o empreendimento está abaixo dos R$ 13,5 bilhões previstos pela Odebrecht.

"É porque não temos construtoras nem fornecedores no nosso consórcio. Tem um conflito de interesses muito grande, quando uma construtora entra no consórcio não é para vender energia, é para fazer a obra", afirmou.

De acordo com Paranhos, se a Suez for a vencedora na licitação, a empresa deve ainda incorporar novos sócios para o projeto, como o BNDES-Par, fundos e até mesmo uma das estatais que participarão com outros consórcios.

O próprio governo quer limitar a participação de construtores e fornecedores a 20% na sociedade que se formar após o leilão. De acordo com o governo, isso foi feito a pedido do BNDES --que deverá financiar o empreendimento-- para evitar que essas empresas coloquem um preço muito alto por seus serviços e encareçam o valor da energia.

Dois dos quatro consórcios firmados até agora para concorrer no leilão são encabeçados por construtoras: a Odebrecht se associou a Furnas e a Camargo Corrêa à Chesf. A Alusa também participará da disputa juntamente com a Eletronorte.

Exclusividade

Paranhos disse concordar com a manutenção dos contratos de exclusividade da Odebrecht com fornecedores de equipamentos apenas para o fornecimento de turbinas, já que a construtora investiu no desenvolvimento das geradoras que serão utilizadas no Madeira. Ele criticou, porém, a abrangência de outros equipamentos que são considerados padrão, como subestações, transformadores e fontes.

"Você não pode fazer contrato de exclusividade com equipamento padrão. Quem perde é o trabalhador brasileiro, já que esses equipamentos terão que ser importados e as obras do PAC gerarão empregos na China", afirmou.

 

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