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Grupo do G20 se reúne para pressionar negociações da Rodada Doha
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da Efe, em Genebra
com Folha Online
Ministros e altos representantes do G20, grupo liderado pelo Brasil que engloba países emergentes, decidiram nesta quinta-feira em Genebra coordenar as posições para pressionar as negociações da Rodada Doha no âmbito da OMC (Organização Mundial do Comércio).
O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Celso Amorim, presidiu a reunião. Segundo ele, esta será uma das últimas oportunidades dos países em desenvolvimento em marcar sua posição. "É uma das últimas oportunidades que teremos de expressar nossa voz para que seja tomada em conta", afirmou.
As negociações da Rodada Doha estão paralisadas há quase um ano e meio devido às divergências entre os países altamente desenvolvidos e os emergentes.
A reunião contou também com a participação do ministro da Argentina Jorge Taiana, e do Paraguai, Rúben Ramírez Lezcano, além de vice-ministros de outros países latino-americanos e altos funcionários, e os ministros de Índia e África do Sul.
No comunicado final, o G20 destaca a importância das negociações sobre a agricultura para um bom encerramento da Rodada Doha, iniciada em 2001 com o objetivo de eliminar as barreiras ao comércio mundial.
"A agricultura determinará o caminho e o nível de ambição das negociações da rodada", afirma o texto divulgado na manhã de hoje.
Os ministros lembraram que "uma grande parte da população trabalhadora nos países em desenvolvimento ganha a vida graças à agricultura" e que "a maioria dos pobres do mundo são agricultores".
Por isso, segundo eles, "a luta contra a pobreza requer uma conclusão equilibrada e bem-sucedida para a Rodada Doha".
O G20 lembra, ainda, que os países desenvolvidos são responsáveis "pelas principais distorções e restrições no capítulo da agricultura".
Os países em desenvolvimento tentam nas complexas negociações da rodada que os países desenvolvidos aceitem reduzir suas ajudas à agricultura, enquanto os países ricos pedem reduções nas tarifas alfandegárias para os produtos industriais nos países em desenvolvimento.
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