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Petrobras pensa em desistir de mais um projeto na Venezuela
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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, do Rio
A Petrobras poderá não participar como sócia da petrolífera estatal PDVSA da exploração do campo de Carabobo, situado na Venezuela, informou o diretor da Área Internacional da empresa, Nestor Cerveró.
Segundo ele, a viabilidade econômica para se explorar a área não é a ideal, e, com isso, a Petrobras mudou os planos em relação ao campo. Cerveró destacou que a participação da empresa na área se limitará a, no máximo, 10%.
Inicialmente, a intenção da Petrobras era ter a contrapartida, em Carabobo, da parceria na refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco. No projeto para o Nordeste do Brasil, a Petrobras tem 60%, com os 40% restantes cabendo à estatal venezuelana. A idéia era que essa relação fosse invertida no campo situado na faixa do Orinoco.
"Apesar das grandes reservas [em torno de 45 bilhões de barris],para se produzir lá serão necessários US$ 12 bilhões. Em outras regiões do mundo, como Angola, Nigéria e Turquia, o mesmo óleo pode ser obtido pela metade disso", explicou.
Não seria o primeiro projeto que a estatal desistiria, no que tange exploração de petróleo e gás na Venezuela. Há pouco mais de um mês, a companhia anunciou que não vai participar da exploração do campo de Mariscal Sucre, com potenciais reservas de gás. O motivo alegado também foi a viabilidade econômica do investimento.
Cerveró disse ainda que a Petrobras tem a perspectiva de grandes descobertas de gás natural no norte do Peru. O campo em questão fica próximo à área de Camisea, onde já foram confirmadas gigantescas reservas. A Petrobras tem participação de 47% nessa área, com os 53% restantes pertencentes à Repsol.
O executivo acrescentou que a estatal estuda, juntamente com o governo peruano e a estatal PetroPeru, a possibilidade de construção de um Pólo Gás-Químico no sul daquele país. Ainda em fase de avaliação, o projeto teria os mesmos moldes do pólo de Duque de Caxias (RJ). Cerveró ressaltou que o projeto não está atrelado à descoberta de gás no Norte do país.
O diretor afirmou ainda que a estatal vai firmar, amanhã, parceria com a Total para a realização de um estudo visando a produção de petróleo a partir do xisto no Marrocos e na Jordânia. A Petrobras tem uma produção de 5 mil barris por dia, deste tipo, no Paraná.
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