Petrobras avalia terminal de GNL no Sul para atender Argentina e Uruguai

A Petrobras estuda a adoção de um terminal flutuante de GNL (gás natural liquefeito) para atender a região Sul e os mercados uruguaio e argentino. Este seria o terceiro terminal de GNL do país previsto no plano de negócios da empresa, e poderia excluir a construção de um terminal no Uruguai, que também vem sendo estudado pela empresa.

Segundo a diretora de Gás e Energia da estatal, Maria das Graças Foster, está sendo avaliado um ponto afastado da costa, em águas brasileiras, que permita o atendimento dos diferentes mercados. A unidade terá capacidade para regaseificar até 20 milhões de metros cúbicos/dia, embora o projeto seja de 10 milhões de metros cúbicos/dia.

"Estamos avaliando o terminal no Sul. Vai depender dos estudos. Se for para atender tantos países e Estados, tem que ser flutuante", afirmou.

A diretora ressaltou que a construção do terminal seguirá uma razão econômica. Segundo Graça, basta estar em águas brasileiras para que se possa atender outros mercados próximos.

"Estamos estudando para ver qual é o afastamento ideal da costa que dê o melhor atendimento ao Sul, Uruguai e Argentina", observou.

A Petrobras vai colocar em operação, em 2008, dois terminais de regaseificação. O maior deles ficará no Rio de Janeiro, com capacidade para receber até 14 milhões de metros cúbicos/dia. O outro está previsto para Pecém (CE), com capacidade para 7 milhões de metros cúbicos/dia.

A executiva informou ainda que o impasse envolvendo o gasoduto Campinas-Rio foi resolvido e que a obra será retomada em breve, depois de seis meses de paralisação. Um proprietário de uma fazenda em Resende (RJ) não havia feito acordo com a estatal para que a ligação passasse por sua propriedade. Segundo Graça, a questão foi sanada, e a obra será finalizada até março. O gasoduto vai levar 8,7 milhões de metros cúbicos/dia.

"Começaremos a carregar o gasoduto, e em abril já deveremos transportar o gás até o Rio", declarou.