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Consumidor começa 2008 com mais dívidas, diz Fecomercio-SP
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da Folha Online
O paulistano iniciou 2008 com mais dívidas, segundo pesquisa da Fecomercio-SP (Federação do Comércio do Estado de São Paulo). O índice de endividamento do consumidor em janeiro ficou em 53% --variação positiva de 5 p.p (pontos percentuais) ante dezembro e negativa de 5 p.p. em relação ao mesmo período de 2007.
Já o nível de inadimplência (consumidores com contas em atraso) teve baixa de 3 p.p. em relação ao mês anterior, atingindo 33%.
Segundo a pesquisa, realizada com 1.360 consumidores na cidade de São Paulo, há mais paulistanos com dívidas na faixa de rendimentos até 3 salários mínimos (57%). Já entre os consumidores que ganham de 3 a 10 salários a porcentagem de endividados é de 56%, enquanto os que ganham acima de 10 salários mínimos, o índice é de 48%.
"A elevação no nível de endividamento em janeiro é reflexo das compras de final de ano, a facilidade de crédito e aos pagamentos de começo de ano como IPVA, material escolar, matrículas escolares, entre outros", aponta a Fecomercio-SP.
Na análise do comprometimento da renda para o pagamento de dívidas, em janeiro, o índice apresentou alta de 3 pontos percentuais, ficando em 32%. A pesquisa mostra ainda que 74% dos consumidores pesquisados declararam a intenção de pagar total ou parcialmente suas dívidas em atraso, contra 76% em dezembro.
Na segmentação por renda, a intenção de pagamento é maior entre consumidores com rendimentos de acima de dez salários mínimos (88%), seguido por aqueles que ganham de três a dez salários (78%) e pelos que recebem até três salários mínimos (60%).
No comparativo entre homens e mulheres, ambos encontram-se igualmente endividados e inadimplentes (53% e 33% respectivamente). Já na análise por faixa etária, os consumidores com idade superior a 35 anos encontram-se mais endividados (55%), em comparação aos abaixo desta faixa etária (52%).
Quanto ao tempo de atraso das dívidas, a pesquisa aponta que para 34% dos consumidores o prazo é de até 30 dias, para 33% é de 30 a 60 dias, para 12% é de 60 a 90 dias, e para os outros 19%, superior a 90 dias.
A falta de controle financeiro foi o principal motivo para a inadimplência de 33% dos consumidores, seguido por desemprego (22%). O cartão de crédito continua sendo o grande vilão das dívidas, segundo 47% dos consumidores, seguido pelos carnês (23%). Segundo o levantamento, os gastos com vestuário foram os que mais afetaram as dívidas para 15%, seguido por alimentação (13%) e eletrodomésticos (12%).
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