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25/02/2008 - 20h06

Ipea alerta para risco de apagão em 2010

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CIRILO JUNIOR
da Folha Online, no Rio

As obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) para o setor elétrico são insuficientes para eliminar o risco de apagão de energia nos próximos anos. Essa avaliação está no estudo dos economistas Bolivar Pêgo e Carlos Álvares da Silva Campos Neto.

Eles observaram dois cenários, e em ambos, ficou constatado que a meta de geração do PAC não é suficiente para atender um crescimento da demanda de 6,5% ao ano.

"Apesar da relevância dos investimentos do PAC, estes não são suficientes para eliminar um possível risco de insuficiência da oferta de energia elétrica no Brasil, ainda que se considere não haver atrasos no cronograma de suas obras", afirma o texto.

A conclusão do estudo "O PAC e o setor elétrico: Desafios para o abastecimento do mercado brasileiro (2007-2010)" ressalta que a garantia de abastecimento do mercado, até 2013, "está correndo sério risco". Isso acontece devido ao que os autores do texto apontam como crescente déficit de geração.

Um dos cenários avaliados utiliza dados do Ministério de Minas e Energia. Os números mostram que o país chegará a 2010 com déficit de 9,3 mil MW (megawatts) --que poderá chegar a 13,5 mil MW no ano seguinte.

"Tal cenário indica dificuldades crescentes de garantia de abastecimento do mercado de energia elétrica para os próximos anos", aponta o estudo.

No segundo cenário, mesmo com a adição prevista de 12.386 MW de obras do PAC, os economistas indicam que não serão suficientes para atendimento do crescimento da demanda de 6,5% no período. Essa demanda é calculada com base em incremento do PIB de 5% ao ano.

O estudo acrescenta que "algumas medidas devem ser tomadas para amenizar o risco de desabastecimento." Entre elas, viabilizar dois ou três navios conversores de GNL (Gás Natural Liquefeito), aumento da capacidade das caldeiras das usinas térmicas movidas a bagaço de cana, além do cumprimento do cronograma de entrada em operação das térmicas movidas a óleo combustível, cuja energia já foi leiloada.

"Além disso, é preciso contar com um regime hidrológico favorável; caso contrário, a insuficiência da oferta já deverá ser observada em 2009", completa o estudo.

O PAC do setor elétrico prevê investimentos de R$ 78,4 bilhões, entre 2007 e 2010, nos segmentos de geração e transmissão de energia. O texto destaca que grandes empreendimentos previstos no PAC, como as usinas do Complexo do Rio Madeira, só entrarão em operação a partir de 2014.

 

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