Termina na Coréia do Sul protesto contra importação de bovinos dos EUA

Terminou neste sábado o protesto para denunciar o acordo fechado com os EUA sobre importação de carne. A manifestação, que começou na quinta-feira passada (5), acabou sem maiores incidentes.

A manifestação tinha como objetivo lutar contra a importação de bovinos de reses com mais de 30 meses, as mais suscetíveis ao mal da vaca louca.

Segundo a agência de notícias Yonhap, milhares de manifestantes que tentaram avançar em direção à sede do governo sul-coreano se dispersaram pouco a pouco durante a madrugada e a manhã de hoje, antes do previsto por seus promotores.

As autoridades policiais disseram que cerca de 56 mil pessoas tinham participado durante a última noite dos protestos enquanto os organizadores asseguraram que foram mais de 200 mil os manifestantes.

A principal crítica dos sul-coreanos sobre o acordo sobre carne dos EUA é que o controle sanitário não seja eficiente para impedir a entrada da doença da vaca louca no país.

O governo informou ter pedido aos EUA que não exportasse carne de gado acima dessa idade. A medida não foi bem vista pela população, que esperava do governo uma renegociação do acordo.

Governo

Nesta sexta-feira, o presidente da Coréia do Sul, Lee Myung-bak, prometeu adotar uma "postura humilde" em meio aos protestos da população.

Os manifestantes reclamam sobre o acordo para importação de carne dos EUA, alegando que o presidente sul-coreano ignorou as preocupações sobre a doença da vaca louca, cedeu demais às imposições dos americanos e adotou uma postura arrogante.

"Vou abrir meus ouvidos em uma postura mais humilde e ouvir as pessoas", disse Lee hoje em um discurso, durante um evento em comemoração do "Memorial Day" (um feriado nacional). Ele, no entanto, não mencionou a negociação sobre a carne.

Com Associated Press