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03/09/2008 - 01h07

Opositores de Morales bloqueiam estradas para campo da Petrobras na Bolívia

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da Folha Online

Grupos de oposição ao presidente Evo Morales bloquearam nesta terça-feira as vias de acesso a um megacampo de gás no extremo sul da Bolívia operado pela Petrobras. A população exige do governo a devolução da receita dos royalties do petróleo.

Os moradores de Caraparí, no departamento de Tarija (sul) --o mais rico em gás da Bolívia--, radicalizaram seus protestos rurais contra o governo, do qual também rejeitam a intenção de realizar um referendo para aprovar a nova Constituição.

"Há um bloqueio de estrada no megacampo de gás de San Alberto e não se descarta a invasão do campo", declarou a dirigente do comitê cívico de Tarija, Patricia Galarza, em entrevista a rádios locais, acrescentando que "nossa luta é para que o governo atenda às nossas justas demandas".

Diante das ameaças cívicas, o governo militarizou campos e unidades de gás, assim como instalações públicas, nos departamentos de Tarija e Santa Cruz, ambos de oposição a Evo Morales.

Três ricas províncias de gás do Chaco boliviano começaram há uma semana um bloqueio de estrada contra o regime de La Paz que, em resposta, garantiu que não atenderá às exigências.

O campo de San Alberto produz entre 11 e 13 milhões de metros cúbicos diários de gás natural (MMCD) e é o principal abastecedor de Argentina e Brasil, aos quais fornece entre 32 e 34 MMCD.

O país enfrenta uma crise política devido à proposta do presidente Evo Morales para aprovar, por meio de referendo, a proposta de uma nova Constituição.

A Corte Nacional Eleitoral rejeitou ontem o decreto do presidente que convocava para o dia 7 de dezembro a consulta popular sobre a nova Carta Magna. Morales foi mantido no poder após ter sido ratificado no cargo no referendo do dia 10 de agosto, com 67,4% dos votos.

Quando assumiu o poder em janeiro de 2006, Morales afirmou que a nova Constituição representaria a refundação do país.

Entre as propostas, a nova Constituição trata de questões como recursos naturais, reforma agrária e direitos da população indígena.

Com France Presse

 

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