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Governo marca leilão de rodovias e define tarifa máxima de R$ 0,07 por km
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da Folha de S.Paulo
Está marcado para o dia 29 de outubro o leilão de cinco trechos de rodovias paulistas -Raposo Tavares, Ayrton Senna/Carvalho Pinto, Marechal Rondon (trecho leste), Marechal Rondon (trecho oeste) e Dom Pedro 1º.
O governo definiu o preço-teto do pedágio em pouco mais de R$ 0,07 por quilômetro no caso de trechos de pista simples e em R$ 0,10 por quilômetro no caso de trechos de pista dupla. Vencerá a licitação a concessionária que oferecer a menor tarifa.
O modelo de concessão, de 30 anos, prevê valor de outorga de R$ 3,5 bilhões e investimento de R$ 8 bilhões nas rodovias.
De acordo com o secretário dos Transportes do Estado de São Paulo, Mauro Arce, a expectativa é que a cobrança dos pedágios começará dentro de seis meses a partir do leilão. "Mas as empresas só poderão cobrar depois que forem realizados os investimentos iniciais. No Rodoanel [trecho oeste, licitado em março], ainda não começaram a cobrar."
No caso da rodovia Dom Pedro 1º, por exemplo, haverá sete praças de pedágio, para uma extensão de 297 km --uma média de uma a cada 42 km.
Segundo Arce, a idéia é que haja uma distribuição das praças, de forma que a cobrança seja mais justa. "Se houver uma praça, poucas pessoas vão pagar muito e muitas pessoas não vão pagar nada. O ideal é: você anda 10 km e paga por 10 km. Na Dutra, por exemplo, 83% dos usuários não pagam nada", afirma.
As empresas que passarem a administrar as rodovias ficarão encarregadas também da conservação de 130 estradas vicinais. De acordo com o secretário dos Transportes, a maior parte se encontra em boas condições, já que o próprio Estado realizou obras de recuperação.
Bom negócio
Os investimentos em infra-estrutura continuam "bom negócio", uma vez que proporcionam uma taxa de retorno de 12% a 18% ao ano, contra algo entre 7% e 8% em setores como a indústria, diz Paulo Resende, da Fundação Dom Cabral.
Segundo o analista da Tendências Consultoria Alexandre Andrade, as empresas participantes do leilão não deverão ter problemas para se capitalizarem. "A situação do crédito está pior do que estava, mas o quadro ainda é favorável."
Entre as maiores concessionárias do setor, a CCR afirmou que tem interesse na licitação. Já a OHL disse que analisa se irá participar da disputa.
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