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18/12/2008 - 13h28

Banco Central não está "errando a mão" nos juros, diz Meirelles

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EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, disse nesta quinta-feira que o crescimento da economia brasileira nos últimos anos mostra que a autoridade monetária não pode ser acusada de estar errando na administração da taxa básica de juros, hoje em 13,75% ao ano.

Segundo Meirelles, embora os juros estejam em um patamar acima da média mundial, o crescimento da demanda doméstica e o consumo das famílias segue em alta, acima do registrado em outros países.

"Que nominalmente está acima da taxa mundial, não há dúvida. Que há um desejo que isso caia, não há dúvida. A questão é saber se foi adequada, se ela se refletiu em estabilização e maior crescimento da economia", afirmou Meirelles durante audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado.

Meirelles afirmou que os indicadores da economia mostram que não se pode dizer que o Brasil não está crescendo por causa dos juros. Além disso, se a taxa fosse "exageradamente alta", a inflação não estaria sempre próxima da meta de 4,5% do governo, argumenta, mas já estaria abaixo disso.

"Isso não é um país que não está crescendo. Poucos países tiveram crescimento da demanda doméstica acima de 9%. Dificilmente poderia se argumentar que é um país que tem um BC errando a mão", afirmou.

Spread

O presidente do BC afirmou que boa parte do problema gerado pela crise internacional está ligada a questões de liquidez (falta de dinheiro para crédito) e não à taxa básica de juros. Com isso, o problema fica concentrado no spread bancário, diferença entre os juros básicos e valor cobrado nos bancos.

"Há uma separação entre a questão da liquidez e a política monetária. O que está se fazendo nesse momento é para que o spread bancário e a oferta de crédito retornem à normalidade. Isso é o que está afetando a economia brasileira nesse momento."

Meirelles citou o novo balanço da liberação de depósitos compulsórios, que já somam R$ 98 bilhões. O compulsório é o dinheiro dos clientes que os bancos são obrigados a deixar depositados no BC.

O presidente do BC também falou sobre uma mudança na contabilidade dos bancos, aprovada ontem, para que eles possam emprestar mais dinheiro, se quiserem, no valor de R$ 120 bilhões.

 

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