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14/01/2003
-
18h45
da Folha Online
Após patinar durante boa parte do pregão, a Bovespa finalizou o dia em alta de 0,53%, aos 12.174 pontos, com volume financeiro de R$ 541 milhões, abaixo da média dos últimos dias.
Com esse resultado, acumula ganhos de 8% no mês. A puxada na reta final do pregão foi provocada pela alta das ações da Eletrobrás.
"Foi um dia amarrado. O índice não conseguia deslanchar. Ficava estacionado próximo do zero a zero. Desde ontem, falta um catalisador para romper o marasmo", diz Decio Pecequilo, gerente da corretora Novação.
As vendas para embolsar lucros com a valorização recente continuaram, bem como as oscilações acanhadas dos índices das Bolsas americanas.
Ontem, o principal índice da Bolsa paulista já havia fechado em queda de 1,08%, interrompendo a sequência de duas altas (+3,8%).
A queda do dólar, que hoje fechou abaixo de R$ 3,30 pela primeira vez em quatro meses, representou um alívio para as empresas endividadas.
Exemplos: a ação da Eletropaulo teve a maior alta, de 6,3%, cotada a R$ 33,30 o lote de mil. Já o principal papel da Embratel subiu 3,8%, a R$ 4,57 o lote de mil, segunda maior valorização.
Mas a baixa da moeda americana deixa as ações brasileiras mais caras para o investidor estrangeiro. Isso pode desestimular compras mais agressivas de papéis, diz o gerente da corretora Novação.
"A queda do dólar como consequência do anúncio de captações externas por empresas e bancos é bem-vinda, pois alivia a inflação. Mas a Bolsa só vai consolidar uma alta com medidas concretas do novo governo, como o anúncio de uma meta de superávit primário. Até agora, só há conversa", afirma Pecequilo.
Na lista de alta do Ibovespa, as duas ações da estatal de energia Eletrobrás foram destaques. O papel ON avançou 3,2%, para R$ 24 o lote de mil. Foi a quarta maior valorização. Já a ação PNB subiu 3,1%, para R$ 24,71.
Hoje o novo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, tomou posse e prometeu que pretende manter as ações da empresa valorizadas. Além disso, prometeu indicar uma "pessoa do mercado" para a diretoria financeira. A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) foi eleita presidente do conselho de administração da estatal.
BRADESCO
A ação do Bradesco fechou estável, cotada a R$ 11,18. Durante o pregão, o papel chegou a atingir a mínima de R$ 11.
Ontem, o banco anunciou a compra do BBV Banco, subsidiária brasileira do espanhol BBVA, por R$ 2,63 bilhões. Com a aquisição, o Bradesco se isolou na liderança do ranking de instituições financeiras privadas e se aproximou do maior banco do país, o estatal Banco do Brasil.
Hoje a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's informou que manteve o rating atribuído ao Bradesco mesmo após a aquisição do BBV Brasil.
Segundo a S&P, a reafirmação do rating reflete a visão da agência de que a aquisição do BBV Brasil não causará impacto substancial na rentabilidade do Bradesco.
SANEPAR
A ação preferencial da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) finalizou em queda de 1,29%, cotada a R$ 1,53.
Hoje aagência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating [nota] da Sanepar.
Segundo a agência, "o rebaixamento reflete a reavaliação da natureza da relação entre a Sanepar e seu principal acionista", o Estado do Paraná, que detém 60% do controle da empresa.
"O recém-eleito governador do Estado [Roberto Requião (PMDB)] declarou que tem a intenção de revisar a política tarifária e o acordo de acionistas", diz a agência.
A agência acredita que as mudanças implantadas pelo governador podem reduzir a performance financeira da empresa.
Leia também:
Segunda: Bovespa cai 1% com relatório do Goldman Sachs
Bovespa patina, mas fecha em alta de 0,53% com Eletrobrás
SÉRGIO RIPARDOda Folha Online
Após patinar durante boa parte do pregão, a Bovespa finalizou o dia em alta de 0,53%, aos 12.174 pontos, com volume financeiro de R$ 541 milhões, abaixo da média dos últimos dias.
Com esse resultado, acumula ganhos de 8% no mês. A puxada na reta final do pregão foi provocada pela alta das ações da Eletrobrás.
As vendas para embolsar lucros com a valorização recente continuaram, bem como as oscilações acanhadas dos índices das Bolsas americanas.
Ontem, o principal índice da Bolsa paulista já havia fechado em queda de 1,08%, interrompendo a sequência de duas altas (+3,8%).
A queda do dólar, que hoje fechou abaixo de R$ 3,30 pela primeira vez em quatro meses, representou um alívio para as empresas endividadas.
Exemplos: a ação da Eletropaulo teve a maior alta, de 6,3%, cotada a R$ 33,30 o lote de mil. Já o principal papel da Embratel subiu 3,8%, a R$ 4,57 o lote de mil, segunda maior valorização.
Mas a baixa da moeda americana deixa as ações brasileiras mais caras para o investidor estrangeiro. Isso pode desestimular compras mais agressivas de papéis, diz o gerente da corretora Novação.
"A queda do dólar como consequência do anúncio de captações externas por empresas e bancos é bem-vinda, pois alivia a inflação. Mas a Bolsa só vai consolidar uma alta com medidas concretas do novo governo, como o anúncio de uma meta de superávit primário. Até agora, só há conversa", afirma Pecequilo.
Na lista de alta do Ibovespa, as duas ações da estatal de energia Eletrobrás foram destaques. O papel ON avançou 3,2%, para R$ 24 o lote de mil. Foi a quarta maior valorização. Já a ação PNB subiu 3,1%, para R$ 24,71.
Hoje o novo presidente da Eletrobrás, Luiz Pinguelli Rosa, tomou posse e prometeu que pretende manter as ações da empresa valorizadas. Além disso, prometeu indicar uma "pessoa do mercado" para a diretoria financeira. A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) foi eleita presidente do conselho de administração da estatal.
BRADESCO
A ação do Bradesco fechou estável, cotada a R$ 11,18. Durante o pregão, o papel chegou a atingir a mínima de R$ 11.
Ontem, o banco anunciou a compra do BBV Banco, subsidiária brasileira do espanhol BBVA, por R$ 2,63 bilhões. Com a aquisição, o Bradesco se isolou na liderança do ranking de instituições financeiras privadas e se aproximou do maior banco do país, o estatal Banco do Brasil.
Hoje a agência internacional de classificação de risco Standard & Poor's informou que manteve o rating atribuído ao Bradesco mesmo após a aquisição do BBV Brasil.
Segundo a S&P, a reafirmação do rating reflete a visão da agência de que a aquisição do BBV Brasil não causará impacto substancial na rentabilidade do Bradesco.
SANEPAR
A ação preferencial da Sanepar (Companhia de Saneamento do Paraná) finalizou em queda de 1,29%, cotada a R$ 1,53.
Hoje aagência de classificação de risco Moody's rebaixou o rating [nota] da Sanepar.
Segundo a agência, "o rebaixamento reflete a reavaliação da natureza da relação entre a Sanepar e seu principal acionista", o Estado do Paraná, que detém 60% do controle da empresa.
"O recém-eleito governador do Estado [Roberto Requião (PMDB)] declarou que tem a intenção de revisar a política tarifária e o acordo de acionistas", diz a agência.
A agência acredita que as mudanças implantadas pelo governador podem reduzir a performance financeira da empresa.
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