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26/02/2003
-
15h00
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
O aumento da concorrência e a redução da renda do consumidor deram uma rasteira nas vendas das sandálias Havaianas em 2002, apesar do apelo do marketing em campanhas milionárias com várias beldades da TV.
No ano passado, o número de pares comercializados caiu 3%, de 119 milhões para 115,5 milhões --uma redução de 3,5 milhões de sandálias em relação a 2001. A queda só não foi maior devido ao aumento de 18% nas exportações para 47 países.
"Sofremos com a retração da renda, com a alta do juro, inflação e desemprego. As pessoas deixam de trocar a sandália para reduzir gastos. Há ainda a concorrência com modelos similares e mais baratos", diz José Sálvio, gerente da Alpargatas, dona da marca.
As despesas da empresa para vender seus produtos cresceram 10,5%, atingindo R$ 187 milhões. A publicidade foi agressiva. Um exército de atrizes e modelos invadiu os comerciais para convencer o país a calçar a sandália, que fez 40 anos em 2002.
Entre as artistas escaladas para a campanha intitulada "Deusas", estavam as atrizes Vera Fischer, Malu Mader, Luma de Oliveira, Patrícia Pillar e Giovanna Antonelli, além da modelo Daniela Cicarelli. Também foi ao ar um filme com os atores Reinaldo Gianechini, Marcos Palmeira, o ex-jogador de futebol Raí e o cantor Toni Garrido.
Tantas celebridades tentaram segurar a ofensiva da concorrente Grendene, que colocou a top model Gisele Bündchen para vender a sandália Ipanema e atacou ainda com a modelo Adriane Galisteu com a marca Grendha, o tenista Guga com o chinelo Rider, além de sandálias das apresentadoras Xuxa e Eliana e da cantora Sandy.
Para compensar a redução das vendas das Havaianas, que respondem por 45% do seu faturamento, a Alpargatas conseguiu ampliar a receita com outras marcas (tênis Tooper, Rainha e as licenciadas Mizuno e Timberland).
Os destaques foram o aumento de 27% das vendas da marca licenciada Timberland (botas e acessóris para esportes de aventura) e de 26% do esportivo Mizuno, produtos de maior valor agregado (rendem mais receita por unidade).
Em 2002, a empresa lucrou R$ 47,7 milhões, um aumento de 46% em relação a 2001 (R$ 32,6 milhões). Considerando todas as marcas, a companhia conseguiu empatar o volume vendido (129,2 milhões de pares) com o de 2001.
Para 2003, a Alpargatas evita projetar um desempenho das vendas para as vendas. "O cenário externo é incerto. Se estoura um guerra entre EUA e Iraque, as exportações da coleção de verão podem ser afetadas a partir de abril", diz Sálvio.
Neste ano, o orçamento da empresa prevê investimentos de cerca de R$ 46 milhões, acima dos R$ 25 milhões de 2002. A empresa quer modernizar máquinas e elevar a capacidade de produção nas três fábricas _Campina Grande (PB), onde fabrica a Havaianas, Natal (RN) e Veranópolis (RS).
Leia maisAos 44 anos, Barbie vai ganhar vovô e vovó Guga ajuda Azaléia aumentar vendas em 2002
Nem "deusas" evitam queda nas vendas de Havaianas em 2002
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da Folha Online
O aumento da concorrência e a redução da renda do consumidor deram uma rasteira nas vendas das sandálias Havaianas em 2002, apesar do apelo do marketing em campanhas milionárias com várias beldades da TV.
No ano passado, o número de pares comercializados caiu 3%, de 119 milhões para 115,5 milhões --uma redução de 3,5 milhões de sandálias em relação a 2001. A queda só não foi maior devido ao aumento de 18% nas exportações para 47 países.
"Sofremos com a retração da renda, com a alta do juro, inflação e desemprego. As pessoas deixam de trocar a sandália para reduzir gastos. Há ainda a concorrência com modelos similares e mais baratos", diz José Sálvio, gerente da Alpargatas, dona da marca.
As despesas da empresa para vender seus produtos cresceram 10,5%, atingindo R$ 187 milhões. A publicidade foi agressiva. Um exército de atrizes e modelos invadiu os comerciais para convencer o país a calçar a sandália, que fez 40 anos em 2002.
Entre as artistas escaladas para a campanha intitulada "Deusas", estavam as atrizes Vera Fischer, Malu Mader, Luma de Oliveira, Patrícia Pillar e Giovanna Antonelli, além da modelo Daniela Cicarelli. Também foi ao ar um filme com os atores Reinaldo Gianechini, Marcos Palmeira, o ex-jogador de futebol Raí e o cantor Toni Garrido.
Tantas celebridades tentaram segurar a ofensiva da concorrente Grendene, que colocou a top model Gisele Bündchen para vender a sandália Ipanema e atacou ainda com a modelo Adriane Galisteu com a marca Grendha, o tenista Guga com o chinelo Rider, além de sandálias das apresentadoras Xuxa e Eliana e da cantora Sandy.
Para compensar a redução das vendas das Havaianas, que respondem por 45% do seu faturamento, a Alpargatas conseguiu ampliar a receita com outras marcas (tênis Tooper, Rainha e as licenciadas Mizuno e Timberland).
Os destaques foram o aumento de 27% das vendas da marca licenciada Timberland (botas e acessóris para esportes de aventura) e de 26% do esportivo Mizuno, produtos de maior valor agregado (rendem mais receita por unidade).
Em 2002, a empresa lucrou R$ 47,7 milhões, um aumento de 46% em relação a 2001 (R$ 32,6 milhões). Considerando todas as marcas, a companhia conseguiu empatar o volume vendido (129,2 milhões de pares) com o de 2001.
Para 2003, a Alpargatas evita projetar um desempenho das vendas para as vendas. "O cenário externo é incerto. Se estoura um guerra entre EUA e Iraque, as exportações da coleção de verão podem ser afetadas a partir de abril", diz Sálvio.
Neste ano, o orçamento da empresa prevê investimentos de cerca de R$ 46 milhões, acima dos R$ 25 milhões de 2002. A empresa quer modernizar máquinas e elevar a capacidade de produção nas três fábricas _Campina Grande (PB), onde fabrica a Havaianas, Natal (RN) e Veranópolis (RS).
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