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05/03/2003
-
11h37
da Folha Online
Depois de superar a cadeia de lanchonetes McDonald's como franquia que mais cresce no mundo, a limpadora Jani-King, especializada em prédios e instalações comerciais, voltará seu arsenal de vassouras e aspiradores para um mercado inédito entre as empresas do tipo: casas e apartamentos.
Segundo Tomás Crhak, 47, um dos sócios-fundadores da empresa no Brasil, o alvo inicial da Jani-King são os apartamentos de solteiros e casais sem filhos com pouco tempo para cuidar da casa.
"Estamos em fase de experiência e já temos uns 50 apartamentos [que contrataram o serviço]. Por enquanto, são apenas apartamentos de alto padrão em São Paulo", afirma Crhak.
A empresa, fundada nos EUA em 1968 e que hoje tem mais de 9.000 franquias em 16 países, 120 delas no Brasil, onde se instalou há 12 anos, é especializada em limpezas de condomínios, salas e instalações comerciais.
O Brasil seria o primeiro lugar em que a Jani-King atenderia também na limpeza doméstica, considerada um ramo mais delicado e menos lucrativo. "É um mercado quase virgem, onde não há concorrência", diz Crhak. "Nossa concorrente, na verdade, é a empregada doméstica."
As potenciais concorrentes, no entanto, parecem aprovar a iniciativa da empresa. Maria Inês Vilas Boas, 41 anos, trabalha há dois na Jani-King e diz que prefere trabalhar para uma empresa do que para uma família.
"Trabalhando como autônoma eu não ganharia nenhum benefício, nem teria registro. A gente precisa de registro. Eu também tenho que pensar na minha aposentadoria", diz.
Maria José Pereira de Camargo, 32, faz coro: "Eles dão todo o material de que precisamos, e o serviço é bem mais rápido. Tem gente que ainda arranja outro serviço fora daqui", diz a faxineira, há pouco mais de um mês na empresa.
Maria Inês e Maria José trabalham em locais diferentes, para franqueados diferentes. Ambas, no entanto, elogiam a proximidade com os responsáveis pela empresa, maior do que em grandes limpadoras, e a relação profissional, rara no caso do trabalho doméstico.
"Aqui, somos selecionadas e ainda há testes e treinamento", diz Maria José.
Crhak informa que um faxineiro da empresa ganha hoje R$ 272,00 por mês com uma jornada de 44 horas semanais - segundo ele, o piso na convenção da categoria - mais benefícios, como vale-transporte e cesta básica, além de outros itens que variam conforme o franqueado. Além disso, há um bônus por performance e o treinamento.
Esse, segundo ele, é o mínimo, porque há franqueados que pagam mais. Muitos faxineiros também trabalham meio período, ou um período de cinco ou seis horas, e recebem o valor integral do piso.
"O faxineiro se sente guarnecido e respeitado. Tanto que temos um índice de rotatividade menor do que a média", afirma o empresário.
Além das residências, a empresa também entra este ano no mercado de hotéis - este sim, já bem explorado fora do país. A proposta é que os hotéis que contratarem os serviços paguem de acordo com sua taxa de ocupação.
Até agora, diz Crhak, já foram fechados contratos com o Grand Hyatt, em São Paulo, e com algumas unidades da rede Blue Tree Park.
Leia mais
Franquia de limpeza cresce mais que a da rede McDonalds
Franquia de limpeza quer agora entrar no mercado residencial
LUCIANA COELHOda Folha Online
Depois de superar a cadeia de lanchonetes McDonald's como franquia que mais cresce no mundo, a limpadora Jani-King, especializada em prédios e instalações comerciais, voltará seu arsenal de vassouras e aspiradores para um mercado inédito entre as empresas do tipo: casas e apartamentos.
Segundo Tomás Crhak, 47, um dos sócios-fundadores da empresa no Brasil, o alvo inicial da Jani-King são os apartamentos de solteiros e casais sem filhos com pouco tempo para cuidar da casa.
"Estamos em fase de experiência e já temos uns 50 apartamentos [que contrataram o serviço]. Por enquanto, são apenas apartamentos de alto padrão em São Paulo", afirma Crhak.
A empresa, fundada nos EUA em 1968 e que hoje tem mais de 9.000 franquias em 16 países, 120 delas no Brasil, onde se instalou há 12 anos, é especializada em limpezas de condomínios, salas e instalações comerciais.
O Brasil seria o primeiro lugar em que a Jani-King atenderia também na limpeza doméstica, considerada um ramo mais delicado e menos lucrativo. "É um mercado quase virgem, onde não há concorrência", diz Crhak. "Nossa concorrente, na verdade, é a empregada doméstica."
As potenciais concorrentes, no entanto, parecem aprovar a iniciativa da empresa. Maria Inês Vilas Boas, 41 anos, trabalha há dois na Jani-King e diz que prefere trabalhar para uma empresa do que para uma família.
"Trabalhando como autônoma eu não ganharia nenhum benefício, nem teria registro. A gente precisa de registro. Eu também tenho que pensar na minha aposentadoria", diz.
Maria José Pereira de Camargo, 32, faz coro: "Eles dão todo o material de que precisamos, e o serviço é bem mais rápido. Tem gente que ainda arranja outro serviço fora daqui", diz a faxineira, há pouco mais de um mês na empresa.
Maria Inês e Maria José trabalham em locais diferentes, para franqueados diferentes. Ambas, no entanto, elogiam a proximidade com os responsáveis pela empresa, maior do que em grandes limpadoras, e a relação profissional, rara no caso do trabalho doméstico.
"Aqui, somos selecionadas e ainda há testes e treinamento", diz Maria José.
Crhak informa que um faxineiro da empresa ganha hoje R$ 272,00 por mês com uma jornada de 44 horas semanais - segundo ele, o piso na convenção da categoria - mais benefícios, como vale-transporte e cesta básica, além de outros itens que variam conforme o franqueado. Além disso, há um bônus por performance e o treinamento.
Esse, segundo ele, é o mínimo, porque há franqueados que pagam mais. Muitos faxineiros também trabalham meio período, ou um período de cinco ou seis horas, e recebem o valor integral do piso.
"O faxineiro se sente guarnecido e respeitado. Tanto que temos um índice de rotatividade menor do que a média", afirma o empresário.
Além das residências, a empresa também entra este ano no mercado de hotéis - este sim, já bem explorado fora do país. A proposta é que os hotéis que contratarem os serviços paguem de acordo com sua taxa de ocupação.
Até agora, diz Crhak, já foram fechados contratos com o Grand Hyatt, em São Paulo, e com algumas unidades da rede Blue Tree Park.
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