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09/05/2003
-
11h07
da Folha Online
Mais uma vez, a especulação dá o tom do mercado financeiro. Bancos e investidores vendem dólares no começo do dia para recomprá-los no fim do expediente a preços menores e, assim, testam o piso das cotações. Nesta sexta-feira, o dólar comercial é vendido a R$ 2,887, com desvalorização de 0,85%. A mínima da moeda hoje, até agora, foi R$ 2,861.
A afirmação do ministro José Dirceu (Casa Civil) de que somente Antonio Palocci (Fazenda) pode falar sobre o câmbio contribuiu para a queda do dólar. Como Palocci tem reiterado que a preocupação do governo é com a inflação e não com o dólar, e que o regime de flutuação será mantido, os investidores querem ver até onde vai o ''sangue frio'' do Banco Central.
Não há consenso, entretanto, sobre qual seria o valor de equilíbrio da moeda norte-americana para ajudar a segurar os preços e não prejudicar as contas externas do país.
Também animam os investidores hoje a queda de 2,78%, do risco-país, que está em 732 pontos, e a alta de 0,69% do C-Bond, principal título da dívida externa do Brasil, que é vendido a 90,875% do valor de face.
''A tendência para o dólar ainda é de baixa'', afirma José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação. Para ele, o fluxo contínuo de entrada de recursos no país deve garantir mais quedas para a moeda.
Sobre as críticas de alguns especialistas de que a euforia do mercado é exagerada porque os empréstimos conseguidos pelas empresas brasileiras no mercado exterior são de curto prazo, Carreira pondera que boa parte desse dinheiro está simplesmente retornando ao país após a debandada do final do ano passado devido à desconfiança pré-eleitoral.
''Depois de uma crise como aquela, o crédito vai voltando aos poucos. Acho que esses empréstimos de curto prazo podem ser renovados posteriormente para prazos mais longos.''
''Swap''
A notícia mais esperada do dia é sobre uma operação de ''swap'' cambial que o BC faz à tarde.
O BC oferece até 28.600 contratos com vencimento em 15 de maio, os quais somam US$ 873 milhões. Na primeira fase da operação, dois dias atrás, o BC já havia renovado 50,9% da dívida, o que animou os investidores e ajudou o dólar a fechar em queda de mais de 2%.
A rolagem da dívida consiste em trocar os títulos que vencem na próxima semana por outros com vencimentos em setembro deste ano, fevereiro e outubro de 2004, maio de 2005, junho de 2006 e janeiro de 2008.
A expectativa do mercado, entretanto, é de que haja uma renovação integral dos títulos.
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DENYSE GODOYda Folha Online
Mais uma vez, a especulação dá o tom do mercado financeiro. Bancos e investidores vendem dólares no começo do dia para recomprá-los no fim do expediente a preços menores e, assim, testam o piso das cotações. Nesta sexta-feira, o dólar comercial é vendido a R$ 2,887, com desvalorização de 0,85%. A mínima da moeda hoje, até agora, foi R$ 2,861.
A afirmação do ministro José Dirceu (Casa Civil) de que somente Antonio Palocci (Fazenda) pode falar sobre o câmbio contribuiu para a queda do dólar. Como Palocci tem reiterado que a preocupação do governo é com a inflação e não com o dólar, e que o regime de flutuação será mantido, os investidores querem ver até onde vai o ''sangue frio'' do Banco Central.
Não há consenso, entretanto, sobre qual seria o valor de equilíbrio da moeda norte-americana para ajudar a segurar os preços e não prejudicar as contas externas do país.
Também animam os investidores hoje a queda de 2,78%, do risco-país, que está em 732 pontos, e a alta de 0,69% do C-Bond, principal título da dívida externa do Brasil, que é vendido a 90,875% do valor de face.
''A tendência para o dólar ainda é de baixa'', afirma José Roberto Carreira, gerente de câmbio da corretora Novação. Para ele, o fluxo contínuo de entrada de recursos no país deve garantir mais quedas para a moeda.
Sobre as críticas de alguns especialistas de que a euforia do mercado é exagerada porque os empréstimos conseguidos pelas empresas brasileiras no mercado exterior são de curto prazo, Carreira pondera que boa parte desse dinheiro está simplesmente retornando ao país após a debandada do final do ano passado devido à desconfiança pré-eleitoral.
''Depois de uma crise como aquela, o crédito vai voltando aos poucos. Acho que esses empréstimos de curto prazo podem ser renovados posteriormente para prazos mais longos.''
''Swap''
A notícia mais esperada do dia é sobre uma operação de ''swap'' cambial que o BC faz à tarde.
O BC oferece até 28.600 contratos com vencimento em 15 de maio, os quais somam US$ 873 milhões. Na primeira fase da operação, dois dias atrás, o BC já havia renovado 50,9% da dívida, o que animou os investidores e ajudou o dólar a fechar em queda de mais de 2%.
A rolagem da dívida consiste em trocar os títulos que vencem na próxima semana por outros com vencimentos em setembro deste ano, fevereiro e outubro de 2004, maio de 2005, junho de 2006 e janeiro de 2008.
A expectativa do mercado, entretanto, é de que haja uma renovação integral dos títulos.
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