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13/05/2003 - 10h36

Dólar cai e risco encosta em 700 pontos com inflação menor

DENYSE GODOY
da Folha Online

Divulgados hoje, números sobre a inflação confirmaram as expectativas otimistas do mercado e ajudaram a derrubar a cotação do dólar comercial nesta manhã. A moeda norte-americana é vendida a R$ 2,853, com desvalorização de 0,41%.

Segundo o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), a inflação na cidade de São Paulo foi de 0,40% no período de 30 dias terminados em 7 de maio. Em abril, a taxa havia ficado em 0,57%.

O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), caiu de 1,23% em março para 0,97% no mês passado. Esse último é o indicador oficial do governo, considerado para o sistema de metas de inflação acertadas com o FMI (Fundo Monetário Internacional).

Já a primeira prévia do IGP-M (Índice Geral de Preços de Mercado) de maio, medido pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), divulgada ontem, registrou inflação de apenas 0,01%, a menor taxa para uma primeira prévia desde fevereiro do ano passado.

Ainda hoje sai o IGP-DI (Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna) de abril, também da FGV.

A desaceleração da inflação abre caminho para um corte na taxa de juros pelo Banco Central já na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), nos dias 20 e 21. Analistas dizem que o mercado aposta em uma redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic (taxa básica de juros da economia).

Risco e dívida

Devido à melhora da percepção dos investidores estrangeiro em relação ao Brasil, em grande parte por causa dos bons indicadores sobre a economia, o risco-país recua 1,80%, para 707 pontos. O C-Bond, título mais negociado da dívida externa brasileira, é vendido a 91,563% do valor de face, com alta de 0,34%.

Política

O mercado recebeu bem a decisão da Executiva Nacional do PT de instalar uma Comissão de Ética para analisar as ações dos chamados ''radicais'': deputados Babá (PA) e Luciana Genro (RS) e senadora Heloísa Helena (AL).

Esses membros vinham fazendo críticas duras a alguns pontos da política econômica do governo e havia o temor de que atrapalhassem a aprovação das reformas tributária e da Previdência.

Chama atenção, porém, o fato de que o processo foi aprovado por 13 votos a 7 na Executiva, o que demonstra que essa decisão ainda suscita polêmicas dentro do partido. Deputados como Chico Alencar (RJ) e Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) dizem que a ação pode vir a prejudicar o PT.

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