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15/05/2003
-
12h06
FERNANDO SANTOMAURO
da Folha Online
A economia da União Européia está a um passo de entrar em recessão após diversos países da região divulgarem que tiveram crescimento negativo no primeiro trimestre deste ano. Já os Estados Unidos divulgaram hoje indicadores bastante desanimadores mostrando que a maior economia do mundo pode caminhar para o mesmo caminho da Europa no médio prazo.
No continente europeu, acendeu o sinal vermelho a divulgação de que a economia alemã --a mais importante da região- registrou diminuição do seu PIB (Produto Interno Bruto) pelo segundo trimestre seguido, desta vez de 0,2%. Além disso, o PIB da Itália caiu 0,1% e o da Holanda recuou 0,3%.
Já o PIB de toda União Européia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Suécia) ficou estável no período, e o dos países da zona do euro --que é a UE menos Inglaterra, Suécia e Dinamarca-- cresceu só 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
São três os principais motivos para a retração econômica: o aumento do desemprego, a queda das exportações e a valorização do euro em relação ao dólar.
No último caso, o BCE (Banco Central Europeu) já sofre pressões para diminuir a taxa básica de juros, que está atualmente em 2,5% ao ano --o menor valor em três anos e meio-- para enfraquecer o euro.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) também deve, segundo investidores, cortar a taxa básica de juros --que já está em 1,25% ao ano, a menor dos últimos 40 anos-- novamente no próximo mês.
Índices bastante negativos divulgados hoje nos EUA voltaram a denunciar o enfraquecimento e aumentaram a expectativa de corte nos juros.
A produção industrial caiu 0,5% no mês de abril, segundo dados do Fed, e, apesar do fim da guerra contra o Iraque, a indústria trabalhou no mês passado com apenas 74,4% da capacidade instalada, o menor nível desde 1983.
Ainda nesta manhã o governo norte-americano divulgou que os preços ao produtor no mês de abril caíram 1,9%. Analistas esperavam uma queda de apenas 0,1%.
Esse nível de deflação é um claro sinal de fraqueza da economia porque mostra que os produtores estão tendo que reduzir preços para garantir a demanda por seus produtos.
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Indústria dos EUA trabalha no ritmo mais lento em 19 anos
Cai PIB da Holanda, Alemanha e Itália
Europa já beira recessão; EUA dão fortes sinais de fraqueza
DENYSE GODOYFERNANDO SANTOMAURO
da Folha Online
A economia da União Européia está a um passo de entrar em recessão após diversos países da região divulgarem que tiveram crescimento negativo no primeiro trimestre deste ano. Já os Estados Unidos divulgaram hoje indicadores bastante desanimadores mostrando que a maior economia do mundo pode caminhar para o mesmo caminho da Europa no médio prazo.
No continente europeu, acendeu o sinal vermelho a divulgação de que a economia alemã --a mais importante da região- registrou diminuição do seu PIB (Produto Interno Bruto) pelo segundo trimestre seguido, desta vez de 0,2%. Além disso, o PIB da Itália caiu 0,1% e o da Holanda recuou 0,3%.
Já o PIB de toda União Européia (Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Espanha, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Portugal, Reino Unido e Suécia) ficou estável no período, e o dos países da zona do euro --que é a UE menos Inglaterra, Suécia e Dinamarca-- cresceu só 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado.
São três os principais motivos para a retração econômica: o aumento do desemprego, a queda das exportações e a valorização do euro em relação ao dólar.
No último caso, o BCE (Banco Central Europeu) já sofre pressões para diminuir a taxa básica de juros, que está atualmente em 2,5% ao ano --o menor valor em três anos e meio-- para enfraquecer o euro.
O Federal Reserve (banco central dos EUA) também deve, segundo investidores, cortar a taxa básica de juros --que já está em 1,25% ao ano, a menor dos últimos 40 anos-- novamente no próximo mês.
Índices bastante negativos divulgados hoje nos EUA voltaram a denunciar o enfraquecimento e aumentaram a expectativa de corte nos juros.
A produção industrial caiu 0,5% no mês de abril, segundo dados do Fed, e, apesar do fim da guerra contra o Iraque, a indústria trabalhou no mês passado com apenas 74,4% da capacidade instalada, o menor nível desde 1983.
Ainda nesta manhã o governo norte-americano divulgou que os preços ao produtor no mês de abril caíram 1,9%. Analistas esperavam uma queda de apenas 0,1%.
Esse nível de deflação é um claro sinal de fraqueza da economia porque mostra que os produtores estão tendo que reduzir preços para garantir a demanda por seus produtos.
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