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04/07/2003 - 13h53

Palocci evita apoiar projeto da Bovespa para FGTS e comete gafe

SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

O ministro da Fazenda, Antonio Palocci Filho, evitou hoje, na sede da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), declarar apoio público ao projeto de lei que permite o trabalhador usar parte do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) na compra de ações.

Ele também cometeu uma gafe ao se referir à Bolsa como "o Bovespa", em discurso para um auditório lotado.

A aprovação do projeto é do interesse da Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo), mas contraria os empresários da construção civil, que não querem perder o dinheiro do FGTS, hoje direcionado para o setor imobiliário.

"O mais importante para o Ministério da Fazenda não é a opinião do ministro. É a ação do ministério para coordenar os setores envolvidos nesse debate, para que o projeto evolua da melhor maneira possível", disse Palocci, sentado ao lado do presidente da Bovespa, Raymundo Magliano Filho.

Essa declaração foi feita aos jornalistas, na sede da Bolsa, após o lançamento de um fundo de um fundo da Caixa Econômico Federal para financiar habitação em três Estados (SP, MG e RN).

O evento também teve a presença de representantes do setor de habitação, como o presidente do Secovi (sindicato das construtoras e das imobiliárias), Romeu Chap Chap, contrário ao projeto do uso do FGTS para a compra de ações.

"O importante não é apressar posições, mas coordenar posições para que a gente possa fazer com que a Bolsa de Valores seja valorizada por iniciativas dessa ordem", afirmou Palocci.

Em seu discurso durante o lançamento do fundo de habitação, no auditório da Bovespa, o ministro se confundiu ao se referir à Bolsa paulista.

"O [sic] Bovespa será uma casa mais importante a partir de agora, pois os investidores tenderão a se dirigir para as empresas", disse Palocci, ao destacar o papel da Bolsa no processo de retomada do crescimento econômico com a redução dos juros em médio e longo prazo.

O projeto de lei de uso do FGTS na compra de ações está parado no Congresso. Falta convocar uma audiência pública reunindo o conselho curador do FGTS, a Caixa Econômica Federal, a Bovespa e a Câmara Brasileira da Construção Civil.

O governo evitar apressar o polêmico projeto, pois a prioridade é aprovar as reformas tributária e da Previdência. O presidente da Bovespa trabalha com a expectativa de que o projeto seja aprovado até o final do ano. Seus colegas na Bolsa consideram a previsão "muito otimista".

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