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11/07/2003
-
09h33
da Folha Online
O dólar comercial iniciou a sexta-feira em alta de 0,86%, vendido a R$ 2,917, devido à confusão existente em torno da reforma da Previdência.
A reação negativa dos governadores dos Estados, de congressistas e de outros setores da sociedade fez com que a administração petista voltasse atrás no acordo informal com o Judiciário que previa, entre outros pontos, teto de R$ 2.400 para a aposentadoria dos funcionários públicos, manutenção da aposentadoria integral para os servidores e reajustes iguais para os da ativa e os aposentados.
No mercado financeiro, o temor era de que essas concessões abrissem caminho para outras e que, no fim, a proposta ficasse descaracterizada. Com o recuo, os investidores entendem que falta ao governo organização e articulação política.
As alteração na reforma previdenciária serão discutidas entre os governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando este voltar da viagem à Europa, no próximo dia 17.
Dívida cambial
A segunda etapa da operação do Banco Central para rolagem de uma dívida cambial de US$ 2,719 bilhões que vence no dia 17 concentram as atenções. Ontem, o BC já havia renovado 35,8%.
A expectativa de que a autoridade monetária renove menor parcela dessa dívida --na última operação, foram rolados 67,5% dos contratos-- e assim provoque elevação das cotações causou uma corrida pela compra de dólares.
O banco já informou que está ofertando nesta quinta-feira apenas US$ 1,55 bilhão em títulos. Entende-se que renovar porcentagens menores da dívida é uma forma de intervenção no câmbio pois os investidores que detêm os títulos eventualmente não renovados como forma de "hedge" (proteção contra oscilações da moeda) devem procurar outra maneira de se proteger, como comprar dólares no mercado à vista e futuro.
O prejuízo às exportações brasileiras causado pela queda do dólar seria o principal motivo que poderia levar o BC a agir para tentar elevar as cotações.
O dólar comercial futuro (agosto) sobe 0,64%, para R$ 2,946. O turismo está cotado em R$ 2,95 e o paralelo, em R$ 3.
Risco e dívida
Também por causa das discussões sobre a reforma da Previdência, o risco-país avança 0,98%, para 822 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, é negociado a 87,875% do valor de face.
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Dólar passa de R$ 2,90 com confusão sobre reforma da Previdência
DENYSE GODOYda Folha Online
O dólar comercial iniciou a sexta-feira em alta de 0,86%, vendido a R$ 2,917, devido à confusão existente em torno da reforma da Previdência.
A reação negativa dos governadores dos Estados, de congressistas e de outros setores da sociedade fez com que a administração petista voltasse atrás no acordo informal com o Judiciário que previa, entre outros pontos, teto de R$ 2.400 para a aposentadoria dos funcionários públicos, manutenção da aposentadoria integral para os servidores e reajustes iguais para os da ativa e os aposentados.
No mercado financeiro, o temor era de que essas concessões abrissem caminho para outras e que, no fim, a proposta ficasse descaracterizada. Com o recuo, os investidores entendem que falta ao governo organização e articulação política.
As alteração na reforma previdenciária serão discutidas entre os governadores e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quando este voltar da viagem à Europa, no próximo dia 17.
Dívida cambial
A segunda etapa da operação do Banco Central para rolagem de uma dívida cambial de US$ 2,719 bilhões que vence no dia 17 concentram as atenções. Ontem, o BC já havia renovado 35,8%.
A expectativa de que a autoridade monetária renove menor parcela dessa dívida --na última operação, foram rolados 67,5% dos contratos-- e assim provoque elevação das cotações causou uma corrida pela compra de dólares.
O banco já informou que está ofertando nesta quinta-feira apenas US$ 1,55 bilhão em títulos. Entende-se que renovar porcentagens menores da dívida é uma forma de intervenção no câmbio pois os investidores que detêm os títulos eventualmente não renovados como forma de "hedge" (proteção contra oscilações da moeda) devem procurar outra maneira de se proteger, como comprar dólares no mercado à vista e futuro.
O prejuízo às exportações brasileiras causado pela queda do dólar seria o principal motivo que poderia levar o BC a agir para tentar elevar as cotações.
O dólar comercial futuro (agosto) sobe 0,64%, para R$ 2,946. O turismo está cotado em R$ 2,95 e o paralelo, em R$ 3.
Risco e dívida
Também por causa das discussões sobre a reforma da Previdência, o risco-país avança 0,98%, para 822 pontos. O C-Bond, principal título da dívida externa do país, é negociado a 87,875% do valor de face.
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