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14/09/2003
-
20h26
da France Presse
O G-21, grupo dos países em desenvolvimento liderado pelo Brasil, declarou-se fortalecido com o reconhecimento obtido e pelos pequenos avanços conseguidos na questão agrícola, apesar do fracasso da reunião da OMC em Cancún.
"Apesar de os resultados da reunião não terem sido satisfatórios, avançamos em alguns pontos importantes. Não usaria a palavra 'fracasso' porque sim, fizemos alguns avanços concretos", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Aplaudido várias vezes ao longo de uma entrevista à imprensa, assim como outros colegas do G-21, Amorim destacou o "respeito" e o "profissionalismo" que o G-21 construiu durante os cinco dias do encontro.
"Com unidade em temas concretos pudemos apresentar uma plataforma de reforma agrícola", disse. "Também conseguimos algumas conquistas (...) porque o último rascunho [da declaração final de Cancún] que surgiu foi um pouquinho melhor que o anterior", afirmou.
Fracasso
A 5ª Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio) terminou em Cancún (México) com um completo fracasso nas negociações devido às diferenças nas prioridades comerciais entre os países ricos e pobres.
O grande embate da reunião de Cancún foi em relação aos subsídios agrícolas dados pelos países ricos, que tanto prejudica os países pobres, mas o fracasso aconteceu devido a temas não menos polêmicos como regras para a participação em concorrências públicas governamentais, acesso de investidores estrangeiros a mercados e facilitação de procedimentos burocráticos no comércio exterior --conhecidos como a Agenda da Cingapura, local em que aconteceu a primeira conferência ministerial, em 1996.
Os países pobres não aceitaram conceder nesses assuntos pois não obtiveram nenhum avanço significativo em relação a sua própria agenda, como a dos subsídios agrícolas.
G-21
Amorim também informou sobre a ampliação do grupo depois da incorporação da Indonésia e do Egito. Mas a leitura do nome de cada um dos países que fazem parte do grupo evidenciou a partida de outro membro, El Salvador.
O Brasil havia denunciado, durante a reunião, pressões contra "países e grupos de países" por alguns membros da OMC, em alusão indireta aos Estados Unidos e, em menor medida, à União Européia.
O chanceler brasileiro disse que "o G20-Plus continuará desempenhando um papel decisivo na agricultura" e retomará as negociações no ponto em que ficaram, em Cancún.
O G-21 "foi sido positivo para o comércio livre e justo", afirmou também o vice-chanceler argentino, Martín Redrado.
A ministra do Comércio Exterior do Equador, Yvonne Juez de Baki, destacou que a criação e consolidação do G-21 é "histórica".
O "Equador é um país agrícola. Não podemos ir adiante se não fizermos algo pelas pessoas que têm mais a perder", assinalou, depois de uma breve referência aos plantadores de banana equatorianos.
O "G-20-Plus", como foi chamado por Amorim, está integrado agora por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Índia, México, Paraguai, Peru, Filipinas, Tailândia, África do Sul, Cuba, Paquistão, Venezuela, Indonésia, Malásia e Egito.
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O G-21, grupo dos países em desenvolvimento liderado pelo Brasil, declarou-se fortalecido com o reconhecimento obtido e pelos pequenos avanços conseguidos na questão agrícola, apesar do fracasso da reunião da OMC em Cancún.
"Apesar de os resultados da reunião não terem sido satisfatórios, avançamos em alguns pontos importantes. Não usaria a palavra 'fracasso' porque sim, fizemos alguns avanços concretos", disse o chanceler brasileiro, Celso Amorim.
Aplaudido várias vezes ao longo de uma entrevista à imprensa, assim como outros colegas do G-21, Amorim destacou o "respeito" e o "profissionalismo" que o G-21 construiu durante os cinco dias do encontro.
"Com unidade em temas concretos pudemos apresentar uma plataforma de reforma agrícola", disse. "Também conseguimos algumas conquistas (...) porque o último rascunho [da declaração final de Cancún] que surgiu foi um pouquinho melhor que o anterior", afirmou.
Fracasso
A 5ª Conferência Ministerial da OMC (Organização Mundial do Comércio) terminou em Cancún (México) com um completo fracasso nas negociações devido às diferenças nas prioridades comerciais entre os países ricos e pobres.
O grande embate da reunião de Cancún foi em relação aos subsídios agrícolas dados pelos países ricos, que tanto prejudica os países pobres, mas o fracasso aconteceu devido a temas não menos polêmicos como regras para a participação em concorrências públicas governamentais, acesso de investidores estrangeiros a mercados e facilitação de procedimentos burocráticos no comércio exterior --conhecidos como a Agenda da Cingapura, local em que aconteceu a primeira conferência ministerial, em 1996.
Os países pobres não aceitaram conceder nesses assuntos pois não obtiveram nenhum avanço significativo em relação a sua própria agenda, como a dos subsídios agrícolas.
G-21
Amorim também informou sobre a ampliação do grupo depois da incorporação da Indonésia e do Egito. Mas a leitura do nome de cada um dos países que fazem parte do grupo evidenciou a partida de outro membro, El Salvador.
O Brasil havia denunciado, durante a reunião, pressões contra "países e grupos de países" por alguns membros da OMC, em alusão indireta aos Estados Unidos e, em menor medida, à União Européia.
O chanceler brasileiro disse que "o G20-Plus continuará desempenhando um papel decisivo na agricultura" e retomará as negociações no ponto em que ficaram, em Cancún.
O G-21 "foi sido positivo para o comércio livre e justo", afirmou também o vice-chanceler argentino, Martín Redrado.
A ministra do Comércio Exterior do Equador, Yvonne Juez de Baki, destacou que a criação e consolidação do G-21 é "histórica".
O "Equador é um país agrícola. Não podemos ir adiante se não fizermos algo pelas pessoas que têm mais a perder", assinalou, depois de uma breve referência aos plantadores de banana equatorianos.
O "G-20-Plus", como foi chamado por Amorim, está integrado agora por Argentina, Brasil, Bolívia, Chile, China, Colômbia, Costa Rica, Equador, Guatemala, Índia, México, Paraguai, Peru, Filipinas, Tailândia, África do Sul, Cuba, Paquistão, Venezuela, Indonésia, Malásia e Egito.
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