Publicidade
Publicidade
30/12/2003
-
13h50
RICARDO MIGNONE
da Folha Online, em Brasília
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Beviláqua, disse hoje que a redução na previsão de crescimento do PIB (Produto interno Bruto) em 2003 --de 0,6% para 0,3%-- não é "frustrante". Segundo ele deve se levar em conta que este ano foi de reversão da aceleração da inflação e que resultados melhores serão verificados em 2004.
"Não é frustrante porque o que se conseguiu no ano foi reverter de forma muito significativa uma aceleração inflacionária no final do ano passado que ameaçava corroer a renda real. Essa reversão é um fato que deve ser levado em consideração quando avaliamos o crescimento da economia em 2003", disse Beviláqua.
Ele disse acreditar ainda que o cidadão comum já deve estar percebendo uma melhora na economia, que é "absolutamente inequívoca" nos últimos meses.
2004
Quanto às perspectivas para o ano que vem, Beviláqua declarou que elas são extremamente positivas e compatíveis com a melhora que já se observa na atividade econômica nos últimos meses.
Questionado se o chamado "espetáculo do crescimento" propagado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente acontecerá em 2004, ele disse: "É o crescimento da economia. Se é um espetáculo ou não cada um pode definir. Mas é certamente uma retomada consistente de crescimento na economia".
Beviláqua ressaltou também que ao se associar a meta de inflação de 5,5% em 2004, com a previsão de crescimento de 3,5% do PIB para o período e a expectativa de quedas menos consistentes na taxa básica de juros, geram-se incertezas sobre o crescimento real da economia e a geração efetiva de empregos.
"As incertezas estão presentes em qualquer economia. Essas incertezas se tornam mais importantes na medida em que já houve desde junho deste ano uma redução significativa da taxa básica de juros, já alcançando 10 pontos percentuais. As decisões sobre a trajetória da taxa de juros em 2004 serão tomadas pelo Copom", afirmou.
Emprego
Beviláqua disse que a recuperação do emprego só deverá ser acelerada após um determinado tempo de recuperação econômica. "Para que haja recuperação do emprego é preciso haver uma recuperação sustentada na atividade econômica. O emprego é uma variável que responde apenas no estágio final do ciclo quando a retomada da atividade já está se consolidando. Ao longo de 2004 nós observaremos a continuação dessa tendência de recuperação do emprego".
As declarações foram dadas por ele durante entrevista coletiva no BC após a divulgação do relatório de inflação.
Leia mais
BC revisa PIB de 2003 e prevê "crescimento zero"
BC prevê IPCA em 2003 de 8,9% para 9,1%
Crescimento do PIB próximo de zero em 2003 não é frustrante, diz BC
Publicidade
da Folha Online, em Brasília
O diretor de Política Econômica do Banco Central, Afonso Beviláqua, disse hoje que a redução na previsão de crescimento do PIB (Produto interno Bruto) em 2003 --de 0,6% para 0,3%-- não é "frustrante". Segundo ele deve se levar em conta que este ano foi de reversão da aceleração da inflação e que resultados melhores serão verificados em 2004.
"Não é frustrante porque o que se conseguiu no ano foi reverter de forma muito significativa uma aceleração inflacionária no final do ano passado que ameaçava corroer a renda real. Essa reversão é um fato que deve ser levado em consideração quando avaliamos o crescimento da economia em 2003", disse Beviláqua.
Ele disse acreditar ainda que o cidadão comum já deve estar percebendo uma melhora na economia, que é "absolutamente inequívoca" nos últimos meses.
2004
Quanto às perspectivas para o ano que vem, Beviláqua declarou que elas são extremamente positivas e compatíveis com a melhora que já se observa na atividade econômica nos últimos meses.
Questionado se o chamado "espetáculo do crescimento" propagado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva finalmente acontecerá em 2004, ele disse: "É o crescimento da economia. Se é um espetáculo ou não cada um pode definir. Mas é certamente uma retomada consistente de crescimento na economia".
Beviláqua ressaltou também que ao se associar a meta de inflação de 5,5% em 2004, com a previsão de crescimento de 3,5% do PIB para o período e a expectativa de quedas menos consistentes na taxa básica de juros, geram-se incertezas sobre o crescimento real da economia e a geração efetiva de empregos.
"As incertezas estão presentes em qualquer economia. Essas incertezas se tornam mais importantes na medida em que já houve desde junho deste ano uma redução significativa da taxa básica de juros, já alcançando 10 pontos percentuais. As decisões sobre a trajetória da taxa de juros em 2004 serão tomadas pelo Copom", afirmou.
Emprego
Beviláqua disse que a recuperação do emprego só deverá ser acelerada após um determinado tempo de recuperação econômica. "Para que haja recuperação do emprego é preciso haver uma recuperação sustentada na atividade econômica. O emprego é uma variável que responde apenas no estágio final do ciclo quando a retomada da atividade já está se consolidando. Ao longo de 2004 nós observaremos a continuação dessa tendência de recuperação do emprego".
As declarações foram dadas por ele durante entrevista coletiva no BC após a divulgação do relatório de inflação.
Leia mais
Publicidade
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
- Por que empresa proíbe caminhões de virar à esquerda - e economiza milhões
- Megarricos buscam refúgio na Nova Zelândia contra colapso capitalista
- Com 12 suítes e 5 bares, casa mais cara à venda nos EUA custa US$ 250 mi
- Produção industrial só cresceu no Pará em 2016, diz IBGE
+ Comentadas
- Programa vai reduzir tempo gasto para pagar impostos, diz Meirelles
- Ministério Público pede bloqueio de R$ 3,8 bi de dono de frigorífico JBS
+ EnviadasÍndice