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03/03/2004 - 13h49

Inflação de SP deve voltar a subir em março e ficar próxima de 0,40%

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IVONE PORTES
da Folha Online

A inflação do município de São Paulo deve voltar a subir em março e ficar próxima de 0,40%. A previsão é do coordenador do IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, da USP), Paulo Picchetti.

Segundo ele, os aumentos em automóveis, telefonia e cigarros vão puxar a inflação deste mês. Ele espera que esses três itens contribuam com peso de 0,11 ponto percentual na taxa de março.

Somente os automóveis, principalmente os populares, terão reajuste médio de 6%, de acordo com o coordenador da Fipe.

O consumo, porém, deve continuar fraco. "Não consigo ver nenhum fundamento econômico que mostre o aumento da demanda", disse.

Picchetti avalia também que os industrializados, que englobam além dos automóveis produtos como eletrodomésticos, devem subir mais em março do que em fevereiro, por conta de reajustes em insumos e do aumento da Cofins de 3% para 7,6%.

Em fevereiro, os industrializados subiram em média 0,28%, abaixo do 0,42% esperado pela Fipe.

"Houve dificuldade no atacado para repassar os reajustes ao varejo. Mas a tendência é claramente de aceleração dos preços de produtos industrializados", afirmou.

No mês passado, o IPC-Fipe registrou inflação de 0,19% em São Paulo, menor que a taxa de janeiro (+0,65%) e inferior à projeção da Fipe (+0,25%). O motivo foi a alta menor do que se esperava nos industrializados e também no grupo alimentação, que subiu apenas 0,12%.

Apesar da previsão para março apontar taxa superior a fevereiro, Picchetti avalia que o núcleo da inflação está "bem comportado" e não compromete a tendência de longo prazo.

O núcleo calculado pela Fipe --que separa os movimentos de preços individuais de curto prazo ligados a choques de oferta e de demanda-- apontou em fevereiro alta de 0,23%, contra 0,25% em janeiro.

Picchetti considera que uma variação entre 0,44% e 0,48% para o núcleo ao longo do ano garantirá uma taxa acumulada entre 5,5% e 6% em 2004. A taxa de fevereiro, segundo ele, deve ser uma das menores do ano.

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