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13/04/2004 - 16h04

Lentidão do governo prejudica investimentos em infra-estrutura

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ELAINE COTTA
da Folha Online

A lentidão do governo para tomar decisões, como a implantação definitiva dos novos marcos regulatórios, por exemplo, faz com que os empresários do setor de infra-estrutura puxem o freio na hora de decidir sobre investimentos.

A meta traçada no final do ano passado para este ano pela Abdib (Associação Brasileira de Infra-Estrutura e Indústrias de Base), de US$ 10,1 bilhões, por exemplo, dificilmente será cumprida, segundo projeções da própria instituição.

"Ainda não revisamos, mas tenho insegurança em afirmar se chegaremos a esse investimento", afirma o presidente da Abdib, José Augusto Marques. As estimativas foram traçadas contando com a aprovação dos marcos regulatórios. "Terminamos o primeiro trimestre e a coisa ainda não andou", disse.

Marques disse reconhecer que o atual governo adota um estilo "mais acadêmico", que se baseia em discutir até a exaustão todas as suas propostas, e que tem como lado positivo uma maior "consistência" das propostas apresentadas.

Mas não deixou de questionar esse "estilo" de governar e cobrou mais agilidade para acabar com os gargalos da economia. "O país está excessivamente lento. É necessário mais agilidade do governo na hora de tomar decisões", disse Marques.

Dados divulgados hoje pela Abdib mostram que em 2003 os investimentos no setor caíram 53,8% em relação a 2002 e ficaram quase 60% abaixo do estimado.

Ao todo, foram investidos US$ 6,6 bilhões ante os US$ 14,3 bilhões de 2002. A projeção inicial era de US$ 15,2 bilhões para 2003. Em 2001 foram investidos US$ 20 bilhões e em 2000, US$ 18 bilhões.

Segundo Marques, para que o país consiga vencer o gargalos do setor de infra-estrutura --para evitar novos apagões e ampliar o acesso a saneamento básico-- são necessários investimentos de US$ 20 bilhões ao ano nos próximos 10 anos.

O setor de infra-estrutura e indústria de base representou 10% do PIB (Produto Interno Bruto) nacional e 27,9% do PIB industrial em 2003. Também tiveram uma participação de 6,8% nas exportações, que superaram os US$ 70 bilhões no ano passado.

Emprego

O setor cortou 14 mil vagas no ano passado. Em 2003, o setor empregava 281,3 mil pessoas, 4,7% menos que em 2002, quando havia 295,3 mil trabalhadores. Para este ano, a estimativa é de um aumento de 3,1% na oferta de vagas.


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