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15/04/2004 - 13h26

China e JP Morgan derrubam Bovespa e risco Brasil bate 600 pontos

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SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online

As ações das companhias siderúrgicas desabam no pregão e contribuem para uma queda de quase 3% da Bovespa, prejudicada também pelo rebaixamento dos títulos da dívida externa do Brasil pelo banco americano JP Morgan. A queda nas importações de aço na China é apontada como um dos motivos para a forte baixa dos papéis das siderúrgicas.

A ação PNA da Usiminas despenca 6,7%, cotada a R$ 35,50. Já a ação ON da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) perde 5,8%, cotada a R$ 176,05, enquanto o papel PN da CST (Companhia Siderúrgica de Tubarão) cai 5,7%, negociada a R$ 104,01.

A China terá de elevar os juros para controlar o superaquecimento de sua economia. As medidas para restringir o crédito já foram tomadas. O ritmo das importações de aço do país está diminuindo, de acordo com relatório da consultoria internacional CRUspi, que traça projeções para o preço do aço no mercado global, como noticiou ontem a Folha Online.

Nesta quinta-feira, o JP Morgan rebaixou sua recomendação para os títulos da dívida externa do Brasil. A notícia contribui para uma disparada do risco-país (7,7%, aos 600 pontos), que atingiu hoje o maior patamar do ano, e uma alta do dólar (0,96%, a R$ 2,915).

A instituição reduziu o peso dos papéis brasileiros na carteira de investimentos. Antes, a aplicação recomendada pelo JP Morgan nos títulos do país estava acima da média do mercado ("overweight"). Agora, o peso foi rebaixado para "marketweight" (igual à média do mercado).

O efeito dessa notícia é estimular uma "desova" de títulos brasileiros por investidores que estão "carregados" acima do novo limite recomendável.

O C-Bond, principal título da dívida externa do país, recua 2,15%, cotado a 93,625% do valor de face. O Global 40 desaba 1,96%, vendido a 99,75% do valor de face.

A preocupação com uma alta do juro nos EUA também pode influenciar novas vendas de títulos brasileiros, pois tornam, em tese, os papéis do Tesouro americano mais atrativos para os investidores.

O vencimento de uma parcela significativa de US$ 5,1 bilhões da dívida externa brasileira nesta quinta-feira também motiva uma venda dos papéis.

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