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14/05/2004 - 12h30

Barril de Petróleo atinge US$ 41,50, maior cotação nominal da história

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INAIÊ SANCHEZ
da Folha Online

O preço do petróleo em Nova York alcançou hoje a cotação nominal mais alta da história ao chegar nos US$ 41,50 por barril para junho. O valor nominal não considera a inflação do período.

O mercado está extremamente nervoso devido a temores de ataques terroristas no Iraque e na Arábia Saudita, além do consumo crescente nos Estados Unidos e China.

O recorde anterior era de 10 de outubro de 1990, pouco antes do começo da Guerra do Golfo, quando o preço subiu a US$ 41,15.



As cotações não têm reagido às declarações da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo), que já sinalizaram um aumento da produção em uma reunião informal, marcada para 21 de maio, em Amsterdã.

Além dos fatores geopolíticos, também está pressionando o mercado a alta demanda nos Estados Unidos e na China.

A gasolina nos EUA bate um recorde atrás do outro. Os analistas não conseguem prever quando seu preço cairá, devido a uma capacidade de produção que não está ao alcance da demanda.

Novo choque

A situação é tão grave que alguns analistas já afirmam que a atual crise pode acabar levando a um terceiro choque do petróleo. Neste cenário, o barril do cru leve poderia chegar a até US$ 50 por um período de três a seis meses, na avaliação do economista sênior do Morgan Stanley, Stephen Roach.

De acordo com Roach, para definir o patamar que levaria a uma situação extrema, é preciso analisar não apenas o período de tempo em que as cotações permanecem altas, como também os preços que prevaleceram antes da escalada.

Roach aponta que, há um ano, após o fim da primeira fase da Guerra do Iraque, o barril do cru leve caiu para US$ 25. "Nesse sentido, o atual preço de US$ 40 representa 'apenas' um aumento de 38% da média de US$ 29 que prevaleceu desde o início do ano 2000", diz o economista em relatório. Por esse motivo, considera que o barril em US$ 40 não pode ser considerado um choque.

Ele lembra que, no começo dos anos 70, os preços do óleo quadruplicaram no que ficou conhecido como o "primeiro choque do petróleo". Como resultado, os EUA passaram por uma profunda recessão entre 1973 e 1975.

No "segundo choque", no final dos anos 70, os preços quase triplicaram e causaram a recessão de 1981 a 1982.

Na Guerra do Golfo, a breve alta do barril para US$ 40 foi associada com a leve recessão de 1990-1991. Agora, os preços de volta ao mesmo patamar têm preocupado os mercados de todo o mundo.

Por tudo isso, o influente economista sênior do Morgan Stanley estima que a atual recuperação da economia global possa ser uma das mais curtas da história.

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