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23/05/2004 - 10h37

Operadoras de telefonia fixas perdem 2.200 clientes por dia

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ELVIRA LOBATO
da Folha de S.Paulo

As três maiores concessionárias do serviço de telefonia fixa local do país (Telefônica, Telemar e Brasil Telecom) tiveram uma queda de 200 mil linhas no primeiro trimestre deste ano --equivalente a uma perda de 2.200 clientes por dia.

A Telefônica, que atua no Estado de São Paulo, terminou março com 12,228 milhões de telefones em serviço: redução de 69 mil linhas em relação a dezembro do ano passado e de 388 mil em comparação com dezembro de 2001.

A Telefônica foi a primeira concessionária a ter redução da rede de telefonia fixa. O fenômeno começou em 2002, quando houve queda de 110 mil linhas em serviço. No ano passado, houve nova diminuição, de 209 mil linhas.

Na Telemar e na Brasil Telecom, o fenômeno só começou no primeiro trimestre deste ano. A Brasil Telecom --que atua no Distrito Federal e em nove Estados das regiões Sul, Centro-Oeste e Norte-- terminou o trimestre com 128 mil linhas em serviço a menos do que em dezembro passado.

Na Telemar, que cobre 16 Estados no Sudeste, Nordeste e Norte, a redução foi de 24 mil linhas.

Para o ex-ministro das Comunicações Juarez Quadros do Nascimento, a estagnação da telefonia fixa é um fenômeno mundial, mas está ocorrendo antes do previsto no Brasil. Segundo ele, a planta européia congelou quando o número de linhas chegou a 50% do total de habitantes. No Brasil, a densidade ainda é de 22%.

Especialistas dizem que os consumidores de alto poder aquisitivo estão substituindo o uso da linha telefônica para conexão à internet pelo acesso em banda larga, com transmissão de dados em alta velocidade e custo mensal fixo, em vez da cobrança por pulsos. Isso explicaria parte da queda na demanda por linhas fixas.

Segundo o presidente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Pedro Jaime Ziller, os usuários de banda larga já somam 1,2 milhão no Brasil.

Mas a principal barreira para o crescimento da telefonia fixa seria o empobrecimento da população, acentuado pelo desemprego e pela estagnação econômica.

Para escapar da assinatura básica do telefone fixo, de R$ 33,00 por mês, em média, os usuários de menor renda adotaram o celular pré-pago, que usam, fundamentalmente, para receber ligações e fazer chamadas a cobrar.

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