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03/06/2004
-
13h43
VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu hoje elevar a cota de produção de seus países membros em 2 milhões de barris por dia, que passa a ter efeito imediato. O acordo firmado hoje entre os 11 países membros da organização também prevê um aumento de 500 mil barris por dia, que passará a valer a partir de 1° de agosto.
"É um bom acordo, teremos oportunidade de testar o impacto da política [da Opep] sobre o mercado antes que nos encontremos de novo em julho", disse o ministro qatariano do Petróleo, Abdullah al Attiyah. Os ministros representantes dos países membros se reunirão novamente em 21 de julho para revisar sua política.
O preço do barril cedeu, mas a medida adotada pela Opep ficou aquém do esperado. Às 12h53 (horário de Brasília), o barril do tipo "sweet light crude" para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava em baixa de 1,53%, cotado a US$ 39,35. O barril do tipo Brent para entrega em julho, referência no International Petroleum Exchange, de Londres, estava cotado a US$ 36,91.
O governo americano aprovou a decisão. "Esta bem-vinda ação demostra que os produtores estão dando passos concretos e imediatos para suprir as necessidades mundiais de petróleo", disse a porta-voz da Casa Branca Claire Buchan.
Compromisso
O acordo foi um compromisso, disseram delegados da Opep, entre países como a Arábia Saudita, de um lado, e, de outro, o Irã e a Venezuela, que temiam que uma alta imediata de 2,5 milhões poderiam causar um colapso dos preços.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, à revelia da decisão da Opep, já haviam anunciado que iriam produzir juntos cerca de um milhão de barris por dia a mais. Os dois países são os membros da Opep que dispõem de capacidade extra.
O ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, confirmou hoje que seu país irá extrair 9,1 milhões de barris por dia, um aumento de cerca de 700 mil barris. Os Emirados Árabes Unidos haviam anunciado um incremento de 400 mil barris por dia em sua produção.
Nas últimas três semanas, os preços do petróleo superaram a barreira dos US$ 40 e ontem atingiram o recorde histórico de US$ 42,45.
No último sábado, ataques contra instalações petroleiras de Al Khobar, no leste da Arábia Saudita, mataram 29 pessoas. A rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, reivindicou a autoria dos ataques.
Com agências internacionais
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Opep eleva produção de petróleo em 2 milhões de barris por dia
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da Folha Online
A Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) decidiu hoje elevar a cota de produção de seus países membros em 2 milhões de barris por dia, que passa a ter efeito imediato. O acordo firmado hoje entre os 11 países membros da organização também prevê um aumento de 500 mil barris por dia, que passará a valer a partir de 1° de agosto.
"É um bom acordo, teremos oportunidade de testar o impacto da política [da Opep] sobre o mercado antes que nos encontremos de novo em julho", disse o ministro qatariano do Petróleo, Abdullah al Attiyah. Os ministros representantes dos países membros se reunirão novamente em 21 de julho para revisar sua política.
O preço do barril cedeu, mas a medida adotada pela Opep ficou aquém do esperado. Às 12h53 (horário de Brasília), o barril do tipo "sweet light crude" para entrega em julho, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York, estava em baixa de 1,53%, cotado a US$ 39,35. O barril do tipo Brent para entrega em julho, referência no International Petroleum Exchange, de Londres, estava cotado a US$ 36,91.
O governo americano aprovou a decisão. "Esta bem-vinda ação demostra que os produtores estão dando passos concretos e imediatos para suprir as necessidades mundiais de petróleo", disse a porta-voz da Casa Branca Claire Buchan.
Compromisso
O acordo foi um compromisso, disseram delegados da Opep, entre países como a Arábia Saudita, de um lado, e, de outro, o Irã e a Venezuela, que temiam que uma alta imediata de 2,5 milhões poderiam causar um colapso dos preços.
A Arábia Saudita e os Emirados Árabes Unidos, à revelia da decisão da Opep, já haviam anunciado que iriam produzir juntos cerca de um milhão de barris por dia a mais. Os dois países são os membros da Opep que dispõem de capacidade extra.
O ministro saudita do Petróleo, Ali al Naimi, confirmou hoje que seu país irá extrair 9,1 milhões de barris por dia, um aumento de cerca de 700 mil barris. Os Emirados Árabes Unidos haviam anunciado um incremento de 400 mil barris por dia em sua produção.
Nas últimas três semanas, os preços do petróleo superaram a barreira dos US$ 40 e ontem atingiram o recorde histórico de US$ 42,45.
No último sábado, ataques contra instalações petroleiras de Al Khobar, no leste da Arábia Saudita, mataram 29 pessoas. A rede terrorista Al Qaeda, de Osama bin Laden, reivindicou a autoria dos ataques.
Com agências internacionais
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