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05/07/2004
-
10h50
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
Pela primeira vez desde maio de 2003, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou fuga de capital externo. Em junho, o saldo de investimento estrangeiro ficou negativo em R$ 571,3 milhões. Ou seja, as vendas (R$ 6,2 bilhões) superaram as compras de ações (R$ 5,7 bilhões).
Foi a maior saída de recursos desde julho de 2002, período da tensão pré-eleitoral, quando houve um déficit de R$ 772,6 milhões. No acumulado do ano, o indicador ainda está positivo, com entrada de R$ 2,160 bilhões no primeiro semestre.
"Alguns investidores preferiram embolsar lucros no mês passado. Esse movimento é normal, ou seja, não reflete uma mudança drástica de expectativas", disse o gestor da corretora Concórdia, Maurício Gallego.
Em junho, os investidores estrangeiros redobraram a cautela e reduziram sua posição no mercado brasileiro de ações devido à espera pela decisão dos EUA sobre os juros. No último pregão do mês, o Fed (Federal Reserve) elevou a taxa de 1% para 1,25%, confirmando as expectativas.
Temia-se uma alta brusca do juro, de 0,50 ponto percentual. Se isso tivesse ocorrido, a reação dos bancos seria acelerar as vendas de ativos de risco, como os papéis de países emergentes, e direcionar recursos para os títulos do Tesouro americano.
A interrupção do processo de cortes de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e as derrotas do governo em votações no Congresso, além do rebaixamento dos títulos brasileiros pelos bancos estrangeiros, também prejudicaram o investimento em ações.
Existem cerca de 7.500 investidores estrangeiros negociando ações na Bovespa, segundo estimativa da Bolsa. Nesse número, estão cerca de 20 corretoras estrangeiras. A entrada do investimento estrangeiro na Bolsa paulista foi autorizada no final de maio de 1991.
Em 2003, a Bolsa paulista recebeu um valor recorde de R$ 7,4 bilhões em investimento estrangeiro, após a fuga de R$ 1,4 bilhão no ano anterior devido às tensões e especulações com a eleição presidencial.
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da Folha Online
Pela primeira vez desde maio de 2003, a Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) registrou fuga de capital externo. Em junho, o saldo de investimento estrangeiro ficou negativo em R$ 571,3 milhões. Ou seja, as vendas (R$ 6,2 bilhões) superaram as compras de ações (R$ 5,7 bilhões).
Foi a maior saída de recursos desde julho de 2002, período da tensão pré-eleitoral, quando houve um déficit de R$ 772,6 milhões. No acumulado do ano, o indicador ainda está positivo, com entrada de R$ 2,160 bilhões no primeiro semestre.
"Alguns investidores preferiram embolsar lucros no mês passado. Esse movimento é normal, ou seja, não reflete uma mudança drástica de expectativas", disse o gestor da corretora Concórdia, Maurício Gallego.
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Em junho, os investidores estrangeiros redobraram a cautela e reduziram sua posição no mercado brasileiro de ações devido à espera pela decisão dos EUA sobre os juros. No último pregão do mês, o Fed (Federal Reserve) elevou a taxa de 1% para 1,25%, confirmando as expectativas.
Temia-se uma alta brusca do juro, de 0,50 ponto percentual. Se isso tivesse ocorrido, a reação dos bancos seria acelerar as vendas de ativos de risco, como os papéis de países emergentes, e direcionar recursos para os títulos do Tesouro americano.
A interrupção do processo de cortes de juros pelo Copom (Comitê de Política Monetária) e as derrotas do governo em votações no Congresso, além do rebaixamento dos títulos brasileiros pelos bancos estrangeiros, também prejudicaram o investimento em ações.
Existem cerca de 7.500 investidores estrangeiros negociando ações na Bovespa, segundo estimativa da Bolsa. Nesse número, estão cerca de 20 corretoras estrangeiras. A entrada do investimento estrangeiro na Bolsa paulista foi autorizada no final de maio de 1991.
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