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21/07/2004
-
11h58
ANA PAULA RIBEIRO
da Folha Online
Os médicos da cidade de São Paulo decidiram boicotar oito operadoras de planos de saúde a partir do dia 30 de julho.
Os clientes da Golden Cross e das seguradoras Itaú Seg, Marítima, Unibanco, Notredame, Porto Seguro, SulAmérica e Bradesco Saúde terão que pagar ao médico o valor de R$ 42 por consulta a partir dessa data. O pagamento será feito no ato da consulta e o segurado deverá depois pedir para ser reembolsado pelas empresas.
Segundo Clóvis Francisco Constantino, presidente do CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), a medida irá atingir apenas essas empresas porque foi a forma encontrada para que os pacientes não fiquem sem atendimento médico --as seguradoras e a Golden Cross prevêem em contrato o reembolso.
Segundo a categoria, os médicos chegam a receber até R$ 8 por consulta e nos últimos nove anos os convênios aumentaram as mensalidades em até 180%. No entanto, o valor pago aos médicos não foi atualizado.
Caso o paciente não tenha o dinheiro para pagar a consulta, Constantino explica que a relação médico-paciente é muito aberta e que ele não ficará sem atendimento.
"Os atendimentos de urgência e emergência sempre estiveram garantidos", disse.
Hoje, existem no Brasil 39 milhões de usuários de plano de saúde. A AMB (Associação Médica Brasileira) --que decidiu pelo boicote na noite de ontem-- ainda não tem uma estimativa de quantas pessoas a medida irá atingir em São Paulo.
De acordo com Constantino, os médicos pedem a "implantação da classificação de procedimentos, que engloba o avanço da medicina nos últimos dez anos". "Sem isso não é possível efetuar toda a assistência médica necessária", disse. Essa classificação inclui métodos de diagnóstico e de tratamento.
Além de garantirem em contrato o reembolso por consulta, as seguradoras foram escolhidas como alvo do boicote porque "são as que mais resistem em conversar sobre a nova lista".
No dia 17 de agosto, os médicos irão participar de nova assembléia que irá avaliar os resultados do boicote.
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Médicos de São Paulo vão boicotar 8 planos de saúde
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Os médicos da cidade de São Paulo decidiram boicotar oito operadoras de planos de saúde a partir do dia 30 de julho.
Os clientes da Golden Cross e das seguradoras Itaú Seg, Marítima, Unibanco, Notredame, Porto Seguro, SulAmérica e Bradesco Saúde terão que pagar ao médico o valor de R$ 42 por consulta a partir dessa data. O pagamento será feito no ato da consulta e o segurado deverá depois pedir para ser reembolsado pelas empresas.
Segundo Clóvis Francisco Constantino, presidente do CRM-SP (Conselho Regional de Medicina de São Paulo), a medida irá atingir apenas essas empresas porque foi a forma encontrada para que os pacientes não fiquem sem atendimento médico --as seguradoras e a Golden Cross prevêem em contrato o reembolso.
Segundo a categoria, os médicos chegam a receber até R$ 8 por consulta e nos últimos nove anos os convênios aumentaram as mensalidades em até 180%. No entanto, o valor pago aos médicos não foi atualizado.
Caso o paciente não tenha o dinheiro para pagar a consulta, Constantino explica que a relação médico-paciente é muito aberta e que ele não ficará sem atendimento.
"Os atendimentos de urgência e emergência sempre estiveram garantidos", disse.
Hoje, existem no Brasil 39 milhões de usuários de plano de saúde. A AMB (Associação Médica Brasileira) --que decidiu pelo boicote na noite de ontem-- ainda não tem uma estimativa de quantas pessoas a medida irá atingir em São Paulo.
De acordo com Constantino, os médicos pedem a "implantação da classificação de procedimentos, que engloba o avanço da medicina nos últimos dez anos". "Sem isso não é possível efetuar toda a assistência médica necessária", disse. Essa classificação inclui métodos de diagnóstico e de tratamento.
Além de garantirem em contrato o reembolso por consulta, as seguradoras foram escolhidas como alvo do boicote porque "são as que mais resistem em conversar sobre a nova lista".
No dia 17 de agosto, os médicos irão participar de nova assembléia que irá avaliar os resultados do boicote.
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