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03/08/2004 - 20h18

Parlamentar do PSDB convida Meirelles a se esclarecer no Senado

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ELAINE COTTA
da Folha Online, em Brasília

O senador Sérgio Guerra (PSDB-PE) encaminhou hoje à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) um requerimento para "convidar" o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, a prestar esclarecimentos à CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado sobre as denúncias que o acusam de sonegação fiscal.

O requerimento foi entregue hoje, mas só deve ser votado na próxima reunião da CAE, na terça-feira da semana que vem, dia 10. Ou seja, Meirelles terá de comparecer ao Senado, mas provavelmente não o fará nesta semana. Guerra também pediu o comparecimento do presidente do Banco do Brasil, Cássio Casseb.

"O que motivou foi a necessidade de esclarecimento rápido dos episódios que comprometem personalidades relevantes que estão no comando do país", disse o senador ao FolhaNews. Segundo Guerra, esse pedido de esclarecimento não tem por objetivo pressionar ninguém, mas apenas deixar claro se há ou não verdade nas denúncias veiculadas desde a semana passada.

Após almoço com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, na tarde desta terça-feira, Meirelles disse que não queria comentar as pressões dos partidos de oposição ao governo para que compareça de livre e espontânea vontade à CAE, mas também não descartou que poderá prestar esclarecimentos. "Não vamos falar agora. Vamos falar outro dia. Vamos marcar. A gente avisa para vocês", disse.

Pela manhã, Meirelles se encontrou com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e com os ministros da Casa Civil, José Dirceu, da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, além de Palocci. Meirelles optou por se explicar pessoalmente ao presidente e aos ministros sobre as denúncias publicadas nas últimas semanas.

Segundo Bastos, Meirelles pretende ir ao Senado se explicar. A informação, no entanto, ainda não foi confirmada pelo Banco Central. De acordo com o presidente da CAE, o senador Ramez Tebet, até agora, nenhum senador fez um requerimento oficial para convidar Meirelles a prestar esclarecimento.

"Acho que a explicação que ele deu ao presidente, deveria ser dada também ao país", disse Tebet à Folha Online. O senado, no entanto, disse que não poderia ele próprio fazer o requerimento por ser o presidente da comissão. Segundo ele, o ideal seria Meirelles comparecer de livre e espontânea vontade.

O presidente do BC está sendo investigado pelo Ministério Público por suposta sonegação fiscal. Em 2001, Meirelles teria declarado à Receita Federal residir no exterior e pagar impostos fora do Brasil. No mesmo ano, o presidente do BC declarou à Justiça eleitoral que morava no Brasil. Em sua defesa, Meirelles afirmou nos últimos dias que domicílio eleitoral e domicilio fiscal são coisas "distintas".

A denúncia foi veiculada na semana passada, a revista "IstoÉ" e levou ao pedido de exoneração do então diretor de Política Monetária do BC, Luiz Augusto Candiota, na última quarta-feira. Meirelles descartou que tivesse cogitado renunciar ao cargo, mas voltou a ser alvo de denúncias no final de semana passado.

Além da "IstoÉ", que voltou a denunciar o presidente do BC, a revista "Veja" publicou que Meirelles teria agido de forma irregular para comprar um imóvel. Ele teria comprado uma casa com R$ 32 mil, cuja procedência não chegou a ser informada ao governo.

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