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09/09/2004
-
14h47
ELAINE COTTA
da Folha Online
A agência internacional de classificação de risco Moody's elevou hoje o rating (nota de crédito) dos títulos da dívida emitidos pelo governo brasileiro em moeda estrangeira.
O aumento das exportações --que somam US$ 62,7 bilhões neste ano até a primeira semana de setembro-- e seu impacto nas contas externas do país, como a menor necessidade de dólares do exterior para o financiamento da dívida pública, justificaram a decisão.
Em tese, a decisão da Moody's deve baratear a captação de dólares no exterior para empresas e para o governo brasileiro.
Segundo a nota divulgada, a agência elevou a nota das emissões de dívida soberana em moeda estrangeira do Brasil de "B2" para "B1" e manteve a perspectiva estável.
Essa nota deixa o Brasil a quatro degraus do "investment grade" (grau de confiança máxima dos mercados), quando um país melhor avaliado pelos investidores e consegue captar com juros menores.
A nota soberana dos depósitos em moeda estrangeira também subiu de "B3" para "B2". A nota das emissões em moeda local feitas pelo Tesouro Nacional foram elevadas para "Ba3".
O relatório, assinado pelo diretor de análise de risco soberano da
Moody's em Nova York, Vincent Truglia, cita o cumprimento da meta de superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os pagamentos de juros) de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto) como benéfico para o país.
Segundo Truglia, o aumento da arrecadação também ajuda a estabilizar as contas do governo. A isso, soma-se a melhora da composição da dívida, cujo atrelamento ao dólar diminuiu.
"A combinação do superávit primário e o nível de investimento direto estrangeiro pode ajudar a reduzir as necessidades de financiamento externo, melhorando a liquidez do país", afirmou.
A Moody's ressalvou, no entanto, que o Brasil continua vulnerável a mudanças súbitas na confiança do consumidor. Para a agência, esse é um fator que pode restringir o acesso ao mercado externo.
Para a agência, a sustentabilidade do desenvolvimento da economia está intrinsecamente ligada à manutenção da atual política fiscal e à manutenção do regime de câmbio flexível.
Leia mais
Entenda o que é o rating calculado pelas agências de risco
Especial
Leia o que já foi publicado sobre a Moody's
Moody's eleva rating do Brasil e cita aumento das exportações
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A agência internacional de classificação de risco Moody's elevou hoje o rating (nota de crédito) dos títulos da dívida emitidos pelo governo brasileiro em moeda estrangeira.
O aumento das exportações --que somam US$ 62,7 bilhões neste ano até a primeira semana de setembro-- e seu impacto nas contas externas do país, como a menor necessidade de dólares do exterior para o financiamento da dívida pública, justificaram a decisão.
Em tese, a decisão da Moody's deve baratear a captação de dólares no exterior para empresas e para o governo brasileiro.
Segundo a nota divulgada, a agência elevou a nota das emissões de dívida soberana em moeda estrangeira do Brasil de "B2" para "B1" e manteve a perspectiva estável.
Essa nota deixa o Brasil a quatro degraus do "investment grade" (grau de confiança máxima dos mercados), quando um país melhor avaliado pelos investidores e consegue captar com juros menores.
A nota soberana dos depósitos em moeda estrangeira também subiu de "B3" para "B2". A nota das emissões em moeda local feitas pelo Tesouro Nacional foram elevadas para "Ba3".
O relatório, assinado pelo diretor de análise de risco soberano da
Moody's em Nova York, Vincent Truglia, cita o cumprimento da meta de superávit primário (receitas menos despesas, excluídos os pagamentos de juros) de 4,25% do PIB (Produto Interno Bruto) como benéfico para o país.
Segundo Truglia, o aumento da arrecadação também ajuda a estabilizar as contas do governo. A isso, soma-se a melhora da composição da dívida, cujo atrelamento ao dólar diminuiu.
"A combinação do superávit primário e o nível de investimento direto estrangeiro pode ajudar a reduzir as necessidades de financiamento externo, melhorando a liquidez do país", afirmou.
A Moody's ressalvou, no entanto, que o Brasil continua vulnerável a mudanças súbitas na confiança do consumidor. Para a agência, esse é um fator que pode restringir o acesso ao mercado externo.
Para a agência, a sustentabilidade do desenvolvimento da economia está intrinsecamente ligada à manutenção da atual política fiscal e à manutenção do regime de câmbio flexível.
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