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23/09/2004
-
09h32
JANAINA LAGE
da Folha Online, no Rio
A taxa de desemprego das seis maiores regiões do país voltou a subir em agosto após três meses consecutivos de queda.
Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego ficou em 11,4% da PEA (População Economicamente Ativa. Em julho, a antecipação das contratações na indústria para atender a demanda de final de ano levou a taxa a recuar para 11,2%.
Segundo o IBGE, a variação não é significativa estatisticamente e pode ser explicada pelo aumento no número de pessoas procurando emprego --quando uma pessoa não procura trabalho ela sai do contingente de desempregados e deixa de pressionar a taxa de desocupados.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo Pereira, uma possível explicação para a variação é o fator sazonal do trabalho das mulheres.
"Agosto é o mês depois da férias escolares. Cerca de 60% dos desocupados são mulheres. Quando os filhos entram em férias, elas param de procurar emprego", disse.
Com a volta das aulas, o número de pessoas procurando emprego volta a crescer. A participação das mulheres entre os que procuram emprego cresceu de 53,1% em agosto de 2002 para 56,1% em agosto de 2004.
Desemprego cai em relação a 2003
Na comparação com agosto de 2003, houve queda no desemprego. À época, a taxa estava em 13,0%.
O número de pessoas desocupadas cresceu 2% em relação a julho, chegando a 2,458 milhões de pessoas em agosto. Em julho, esse total era de 2,410 milhões.
A população ocupada manteve-se estável em 19,2 milhões de pessoas na comparação com julho. Em julho, os ocupados somavam 19,1 milhões.
Renda
O rendimento médio do trabalhador brasileiro caiu 0,93% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2003 e 1,4% em relação a julho deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE .
Segundo o IBGE, a queda no rendimento foi causada em parte pelo aumento da inflação e pelo crescimento do número de trabalhadores na informalidade.
Em julho, a renda havia crescido 2,01% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a primeira vez em dois anos que o rendimento do trabalhador cresceu na comparação anual.
Regiões
Por regiões, a maior taxa de desemprego, na comparação com julho de 2004, foi verificada em Salvador, que teve desemprego de 16,6%.
Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram taxas de 8,6% e 12,6%, respectivamente. As outras regiões pesquisadas são: Recife (13,5%), Belo Horizonte (10,2%) e Porto Alegre (8,5%).
Caged
No início da semana, o governo federal divulgou a criação de 229 mil vagas com carteira assinada em agosto no país, 0,94% superior ao resultado de julho, de acordo com a pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O volume de contratações foi recorde para o mês de agosto. O mercado de trabalho criou 1,466 milhão de empregos com carteira assinada de janeiro a agosto deste ano, o maior volume de vagas formais já geradas para o período desde o início da pesquisa, em 1992.
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da Folha Online, no Rio
A taxa de desemprego das seis maiores regiões do país voltou a subir em agosto após três meses consecutivos de queda.
Segundo dados divulgados hoje pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), o desemprego ficou em 11,4% da PEA (População Economicamente Ativa. Em julho, a antecipação das contratações na indústria para atender a demanda de final de ano levou a taxa a recuar para 11,2%.
Segundo o IBGE, a variação não é significativa estatisticamente e pode ser explicada pelo aumento no número de pessoas procurando emprego --quando uma pessoa não procura trabalho ela sai do contingente de desempregados e deixa de pressionar a taxa de desocupados.
De acordo com o coordenador da pesquisa, Cimar Azeredo Pereira, uma possível explicação para a variação é o fator sazonal do trabalho das mulheres.
"Agosto é o mês depois da férias escolares. Cerca de 60% dos desocupados são mulheres. Quando os filhos entram em férias, elas param de procurar emprego", disse.
Com a volta das aulas, o número de pessoas procurando emprego volta a crescer. A participação das mulheres entre os que procuram emprego cresceu de 53,1% em agosto de 2002 para 56,1% em agosto de 2004.
Desemprego cai em relação a 2003
Na comparação com agosto de 2003, houve queda no desemprego. À época, a taxa estava em 13,0%.
O número de pessoas desocupadas cresceu 2% em relação a julho, chegando a 2,458 milhões de pessoas em agosto. Em julho, esse total era de 2,410 milhões.
A população ocupada manteve-se estável em 19,2 milhões de pessoas na comparação com julho. Em julho, os ocupados somavam 19,1 milhões.
Renda
O rendimento médio do trabalhador brasileiro caiu 0,93% em agosto na comparação com o mesmo mês de 2003 e 1,4% em relação a julho deste ano, segundo dados divulgados hoje pelo IBGE .
Segundo o IBGE, a queda no rendimento foi causada em parte pelo aumento da inflação e pelo crescimento do número de trabalhadores na informalidade.
Em julho, a renda havia crescido 2,01% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Foi a primeira vez em dois anos que o rendimento do trabalhador cresceu na comparação anual.
Regiões
Por regiões, a maior taxa de desemprego, na comparação com julho de 2004, foi verificada em Salvador, que teve desemprego de 16,6%.
Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram taxas de 8,6% e 12,6%, respectivamente. As outras regiões pesquisadas são: Recife (13,5%), Belo Horizonte (10,2%) e Porto Alegre (8,5%).
Caged
No início da semana, o governo federal divulgou a criação de 229 mil vagas com carteira assinada em agosto no país, 0,94% superior ao resultado de julho, de acordo com a pesquisa do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados).
O volume de contratações foi recorde para o mês de agosto. O mercado de trabalho criou 1,466 milhão de empregos com carteira assinada de janeiro a agosto deste ano, o maior volume de vagas formais já geradas para o período desde o início da pesquisa, em 1992.
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