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15/10/2004 - 09h11

Preços do petróleo têm ligeiro recuo com suspensão da greve na Nigéria

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VINICIUS ALBUQUERQUE
da Folha Online

A suspensão da greve geral na Nigéria, que ameaçava paralisar a produção de petróleo no país, deu um ligeiro alívio aos preços do petróleo hoje nos mercados internacionais.

O barril do petróleo tipo Brent para entrega em dezembro, negociado em Londres, abriu em ligeira queda, cotado a US$ 49,89. Os contratos para novembro venceram ontem, fechando a US$ 50,84. Durante o dia, chegaram a US$ 50,90.

A queda, no entanto, deve-se também a um fator técnico: a mudança do prazo de vencimento dos contratos geralmente registra um ligeiro recuo de preços, que costuma ser breve.

O barril do petróleo cru para novembro, negociado em Nova York, atingiu hoje US$ 54,83 na pré-abertura, novo recorde histórico, mas recuou para US$ 54,65, ligeira queda de 0,2%.

A greve na Nigéria, iniciada na segunda-feira, "foi suspensa por duas semanas", disse ontem o presidente do NLC (Nigeria Labour Congress, sigla em inglês para o grupo que reúne os trabalhadores do setor petrolífero), Adams Oshiomhole, à agência de notícias France Presse.

A Nigéria é o maior produtor de petróleo na África e o quinto maior fornecedor dos EUA. A greve, que também mobilizou trabalhadores do setor petrolífero, tem sido um dos principais motivos das altas do petróleo nas últimas sessões.

A alta dos combustíveis na Nigéria foi o motivo que levou os sindicatos do país a entrarem em greve. No dia 23 de setembro, a gasolina deu um salto de 25%. Cerca de 80% dos nigerianos vivem com menos de US$ 1 por dia, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas).

As incertezas sobre os níveis de petróleo cru e de combustível para aquecedores --crucial para enfrentar o inverno no hemisfério Norte-- tira a tranqüilidade dos investidores. Os estoques americanos de destilados do petróleo, incluindo combustível para aquecedores, caíram em 2,5 milhões de barris na semana passada, totalizando 120,9 milhões de barris.

O resultado está mais de 8% abaixo dos níveis do ano passado no mesmo período, segundo a EIA (Energy Information Administration, agência do Departamento de Energia dos EUA).

A produção nas refinarias do golfo do México continua prejudicada, com a interrupção na produção causada durante a passagem do furacão Ivan pela região, no mês passado. A produção na região está em cerca de 70% dos níveis normais.

Com agências internacionais

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