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29/10/2004
-
18h29
SÉRGIO RIPARDO
da Folha Online
A ação da indústria de calçados Grendene entrou com o pé direito na Bovespa. No primeiro dia de negócios no pregão paulista, o papel fechou com alta expressiva de 12,09%, cotado a R$ 34,75. O investidor adquiriu a ação por R$ 31 na oferta pública.
A empresa colocou 17,3% do seu capital no mercado. Foram distribuídas cerca de 17,3 milhões de ações que renderam cerca de R$ 536,434 milhões. Essa quantidade de ações poderá, até o próximo mês, ser acrescida de um lote suplementar de até 2,595 milhões de ações.
A estréia da companhia no pregão foi concorrida atraindo holofotes com um desfile de modelos, inclusive da apresentadora Xuxa, que faz parte do "casting" de celebridades da empresa que emprestaram sua fama para vender sandálias de plástico.
Na verdade, hoje, na Grendene, a modelo Gisele Bündchen, estrela da marca Ipanema, é a que vende mais, segundo a companhia. A Grendene também ajuda no "pé-de-meia" das apresentadoras Adriane Galisteu e Daniela Cicarelli, além das cantoras Ivete Sangalo e Sandy.
Além de marketing agressivo, o crescimento da Grendene nas últimas décadas foi movida também a incentivos fiscais. Nos anos 90, a companhia transferiu parte de sua produção do pólo calçadista gaúcho para o Ceará, atraída por isenções de impostos, o sistema de cooperativas e os salários mais baixos na comparação com os pagos no Sul.
A onda de abertura de capital começou em maio com a estréia de Natura Cosméticos. Gol Linhas Aéreas e CPFL Energia também lançaram ações pela primeira vez.
Empresas que já eram de capital aberto também captaram recursos neste ano com oferta de ações. Foi o que ocorreu com a concessionária de rodovias CCR (Companhias de Concessões Rodoviárias), a operadora de ferrovias ALL (América Latina Logística), a indústria de motores elétricos Weg e a petroquímica Braskem.
A próxima a ser listada no pregão é a Diagnósticos da América --dona dos laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, Elkis e Furlanetto-- no dia 18 de novembro, seguida pela Porto Seguro no dia 22. A exportadora de maçãs Renar Maçãs também já pediu registro para debutar na Bolsa paulista.
A Bovespa estima que, no país, cerca de mil empresas possuem potencial de abrir o capital com lançamento de ações no pregão. A volta dessas operações, após um jejum de dois anos, foi motivada pela retomada do interesse dos investidores --em especial os estrangeiros-- pelo mercado brasileiro de ações, entre outros fatores.
Para as companhias, vender ações é uma forma de captar recursos para seus projetos de expansão e atrair investidores. Um diferencial da atual onda de abertura de capital é a adesão das empresas às regras de governança da Bolsa (transparência na divulgação de dados e respeito aos pequenos investidores e minoritários).
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da Folha Online
A ação da indústria de calçados Grendene entrou com o pé direito na Bovespa. No primeiro dia de negócios no pregão paulista, o papel fechou com alta expressiva de 12,09%, cotado a R$ 34,75. O investidor adquiriu a ação por R$ 31 na oferta pública.
A empresa colocou 17,3% do seu capital no mercado. Foram distribuídas cerca de 17,3 milhões de ações que renderam cerca de R$ 536,434 milhões. Essa quantidade de ações poderá, até o próximo mês, ser acrescida de um lote suplementar de até 2,595 milhões de ações.
A estréia da companhia no pregão foi concorrida atraindo holofotes com um desfile de modelos, inclusive da apresentadora Xuxa, que faz parte do "casting" de celebridades da empresa que emprestaram sua fama para vender sandálias de plástico.
Na verdade, hoje, na Grendene, a modelo Gisele Bündchen, estrela da marca Ipanema, é a que vende mais, segundo a companhia. A Grendene também ajuda no "pé-de-meia" das apresentadoras Adriane Galisteu e Daniela Cicarelli, além das cantoras Ivete Sangalo e Sandy.
Além de marketing agressivo, o crescimento da Grendene nas últimas décadas foi movida também a incentivos fiscais. Nos anos 90, a companhia transferiu parte de sua produção do pólo calçadista gaúcho para o Ceará, atraída por isenções de impostos, o sistema de cooperativas e os salários mais baixos na comparação com os pagos no Sul.
A onda de abertura de capital começou em maio com a estréia de Natura Cosméticos. Gol Linhas Aéreas e CPFL Energia também lançaram ações pela primeira vez.
Empresas que já eram de capital aberto também captaram recursos neste ano com oferta de ações. Foi o que ocorreu com a concessionária de rodovias CCR (Companhias de Concessões Rodoviárias), a operadora de ferrovias ALL (América Latina Logística), a indústria de motores elétricos Weg e a petroquímica Braskem.
A próxima a ser listada no pregão é a Diagnósticos da América --dona dos laboratórios Delboni Auriemo, Lavoisier, Elkis e Furlanetto-- no dia 18 de novembro, seguida pela Porto Seguro no dia 22. A exportadora de maçãs Renar Maçãs também já pediu registro para debutar na Bolsa paulista.
A Bovespa estima que, no país, cerca de mil empresas possuem potencial de abrir o capital com lançamento de ações no pregão. A volta dessas operações, após um jejum de dois anos, foi motivada pela retomada do interesse dos investidores --em especial os estrangeiros-- pelo mercado brasileiro de ações, entre outros fatores.
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